segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

..eu, eu mesma, e meu ego

Quando decidi criar este blog a minha intenção foi me derramar sem medo ou reservas, queria flutuar nos meus sentimentos, escrever sobre cotidianidades e generalidades a fim de traduzir minhas impressões e sensações. E particularmente sobre coisas que aprecio.. ou não.
Ah.. como eu gostaria de ser uma nômade errante sem paragem fixa! Minha vontade de viajar é uma represa. Viajar a lugares distantes é quase como um gozo, a combinação mais vibrante de alegria. Quando relembro as viagens que fiz, uma borboleta bate asas em meu estômago. Ultimamente tenho tido viagens interiores, estou a me conhecer mais e melhor, e me perdendo dentro de mim encontro um mundo novo e cheio de cor. Decerto é bem difícil falar de si próprio, soa piegas. Na verdade o que sou não importa de todo, já que nem eu mesma sei. Escrevo do que acho que sou, talvez do que aparento ser, mas que ainda serei com toda certeza. A vida passa e a experiência me torna mais sensata. Talvez escrever seja uma fuga da realidade através do diálogo entre surdos, a palavra que puxa outra palavra e outra palavra. Eis o meu balão de oxigênio. Estas são coisas tão minhas e concretas: sou das estações; ora verão, ora outono, mas acho que inverno eu não sou. Primavera também sou. Tenho fome de conhecimento, sou multifacetada, há mil mulheres em mim. Me encontro nesse instante como um barco à deriva que o horizonte engole. Era extremista, xiita mesmo, ou oito ou oitenta e oito; agora sou do meio, do decorrer. Uma melhora considerável, não!? Estou num processo, em expansão, caminhando a procura do sucesso pessoal.
Entonces vou direto ao ponto: sou casada há dezoito anos com Santos. Mãe de três filhos que carregam meu coração em seus corpos, Catarina, 22 anos, que vive em Madrid-Es e é casada com Fernando. Palloma, 17 anos, estudante de Direito. Pedro, 12 anos, está na 5° série do ensino fundamental. Moro numa casa com uma mangueira prestes a tornar-se senhora, há uma linda vista que dá para dois enormes e lendários coqueiros que dançam ao sabor do vento, uma vez por mês a lua prateada banha todo meu quintal, cujo tem como teto um céu estrelado. A beleza do céu é algo como um poema, respira e tem vida. Moro de frente para o sol, onde nos b-r-o-brós deixa sua marca. No entanto, no final da tarde o sol é dos mais deslumbrantes que meus olhos já viram. Os raios caem sobre o fícus do jardim, invade as folhas e repousa na minha sala numa luz de um dourado impossível, recheando a casa de vida no brilho do farol delicadamente estonteante. O âmbar do entardecer é uma promessa. Amo o alvorecer, adoro o crepúsculo, a fusão da tarde com a noite, a mistura da madrugada com os raios tímidos da manhã. A brisa da manhã me acaricia, a chuva calma me renova, a chuva forte com ventania pisa o telhado e amacia meu coração. Adoro a explosão das flores. Uma noite luminosa de estrelas é como um beijo dos amantes. A energia da natureza é uma oferenda. Adoro o rio, a canção da cachoeira, a água que corre, me encanta os cachos feitos pelas ondas do mar que agasalha meus pés. Me perturba o silêncio do Ipê-amarelo que fica numa rua perto da minha casa, a luz do ouro com o manto azul que grita e chora para que eu ouça seu apelo, e que retribuo extasiada contemplando seus anéis encaracolados. A beleza do Ipê é um dilúvio que jaz em meus olhos. A cada dia me dou conta que o tempo é doutor e remédio; que sonhar é o combustível mais límpido da vida; que deve-se analisar o todo antes de avaliar algo; que preciso ser indulgente com os ignorantes, mesmo se estes estão à minha volta. Cada pessoa tem seu ritmo e necessidade de se aperfeiçoar, entretanto devo ser firme e serena. Julgo não haver outro caminho que não o lapidar do "eu". Me agrada uma conversa prozáica com um caboclo do interior, ele têm sabedoria a me transmitir, e eu ouvidos bem dispostos. É admirável ver um casal de velhinhos com mãos alinhavadas num passeio a sós. Sou fascinada por crianças, gosto de conversar com elas. Por vezes me identifico com palavras, textos, frases que outro escreve, vejo como se tivesse sido escrito por mim ou para mim, me faz refletir sobre coisas. Percebo que as aparências comandam, porém são vazias. Ter é mais lucrativo e fica melhor na fotografia. Todavia se quiser ficar para a história, SEJA. Queria muito ser uma pessoa líquida, que flui e toma a forma de todo o ambiente com sua presença. Acredito que tenho alguns encantamentos de menina. "Cantando Na Chuva" é um dos filmes mais interessantes que já vi. Adoro todos os filmes clássicos. Não assisto filmes de terror. Gosto de Elvis Presley, Chico Buarque, Shakira, bossa nova, jazz, blues, música romântica, clássica, popular, italiana, espanhola, francesa, rock, brega, ópera, forró pé de serra etc. Adoro canções, queria ter boa voz para melodiar muitas delas. Deus sabe o que faz, se eu tivesse a voz da Celine Dion, eu não sei não..! Pretendo continuar meu curso de marketing em 2007. Sou um cocô de tão chata às vezes que nem eu mesmo me agüento, cheia de medos, perfeccionista, sistemática, frustrada por não trabalhar fora, tenho inseguranças; mas estou melhor. Já fui bem pior! Estou menos ansiosa, mais tolerante, acredito na verdade do outro, estou aprendendo a ouvir, a ponderar antes de falar, a emitir algo só se realmente valer a pena. Já fui "inflexível" e o mundo me bateu a porta na cara. Choro menos do que deveria. Sorrio gargalhada homérica. Eu tenho para mim que não há melhor afrodisíaco que a inteligência. Um tapete de flores é um convite para amar. O outono contraponta melancolia e paz, já estive com o coração outonal. Aprendi a perdoar e saí ganhando pois me libertei da mágoa. Ressentimento é perda de tempo; e o tempo não permite delongas. Adoro poesias, amo meus irmãos, tenho afinidades com alguns especialmente, já amei, já fui amada, já invejei, fui invejada, já me decepcionei, já decepcionei.. Fui traída, já traí; porém há muitos e muitos dezembros atrás. Exercito a paciência. Sou ética., mais peraí: falar de mim é ético? Já levantei a bandeira da justiça; hoje levanto a bandeira dos meus braços. Já fui magra. Devo voltar a ser, e urgente, não há mais o que esperar, chega de lamber as feridas! Você é o que crê que é e que pode vir a tornar-se. Sinto saudades da minha infância, e mais ainda da infância dos meus filhos. Sinto nostalgia de fatos acontecidos e até do que 'poderia ter ocorrido'. Sou otimista. Penso grande. Talvez tenha um pouco de megalomania. Acredito no bom humor, na sensibilidade, no empenho. E, sobretudo em Deus. Porenquanto é tudo que tenho a ofertar sobre mim.. Sou humana.. Imperfeita.. Se existir perfeição na terra, conquistarei-a! Um brinde.
Feliz Natal aos amigos que visitam este blog e deixam mensagens, mais também aos que só o lêem.. Paz e bem,

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Recomeço

As flores nunca
me decepcionam..

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Aos poucos, sou eu outra vez

Este ano de 2007 promete. Sinto-me desvencilhar da minha imbecilidade humana. Nado há quase oito anos em ondas vacilantes e revoltas, mas sempre morro na praia. Não sei exatamente porque deixei correr assim, porém esse tempo que passou me fez delinquente de mim mesma. E penso: Como uma pessoa se auto sabota?.. É ridículo! No entanto, pelo menos serviu para motivar a reencontrar-me. Queimei meus fantasmas. Pulverizei os desenganos. Sou eu de novo e de uma maneira nova. De repente, não mais que de repente..

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

A Bela Azul

Um dia, numa noite de estrelas, de lua e de vento, me deitarei num gramado imenso, contemplarei a poesia do céu, conversarei com as estrelas e com a lua, e ouvirei a sinfonia do firmamento. Abrirei minha boca e os engolirei. Só assim, etérea, entenderei os meus sonhos. E perdida no infinito, me acharei.

sábado, 2 de dezembro de 2006

Filhos: Uma missão de amor

"A mulher tem na face dois brilhantes,
Condutores fiéis do seu destino,
Quem não ama um sorriso feminino,
Desconhece a poesia de Cervantes"(..)
Palloma, melhor que realizar nossos sonhos é ver alguém que amamos realizando os dele. Está chegando 2007, novos projetos desenham sua vida, já não é tanto a menininha que meus braços aconchegam, mas sim dos braços do mundo, e este que aguarde a sua fome de conhecimento. É curiosa, ambiciosa, instigante e sabe o que quer. A caminho do 2° período, respira um futuro promissor de acordo com o curso que escolheu. No Direito há um leque de possibilidades, onde implica estudar com afinco, obstinação, determinação e acima de tudo ética. A palavra de ordem é não desistir dos objetivos jamais. Venda caro uma derrota. Abrace a vida com paixão. Ouse. Ame. Seja.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

2007, Esperança Renovada

Há muitas mulheres em mim..
Despetalando-me
Em tormenta interna,
Renascerei como a Fênix,
E me vencerei.
O céu é o limite.
Se sou ou não sou, eis a questão.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

A Encantadora Fontana di Trevi

Fontana di Trevi ou Fonte das Trevas é um dos mais conhecidos monumentos romanos, sendo a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália. O cenário é fascinante, a sonoridade aconchega e recheia de energia positiva seus visitantes. É tradição jogar moedas e pedir a realização de desejos, e fala-se que o retorno é garantido. Se não me engano, para o ritual romano deve-se jogar três moedas na fonte, e com isto assegurar que um dia voltará à Cidade Eterna. Então, de costas para a fonte, segura-se a moeda com a mão direita e a joga para trás com um movimento sobre o ombro esquerdo. Não se deve olhar para a moeda, mas por via das dúvidas peça para seu acompanhante conferir se ela caiu mesmo na água. Eu mesma já fiz isso e estou esperando ansiosa que meu pedido se concretize logo. Além do pedido de revisitar este museu que é Roma, fiz outros três, porém inconfessáveis. A Fontana de Trevi, possivelmente a fonte mais bela do mundo, é conhecida mundialmente pela famosa cena de Anita Ekberg no filme clássico de Federico Fellini, “La Dolce Vita”. Avistá-la é inebriante e mágico, especialmente após o anoitecer, quando exuberante é iluminada em toda sua grandiosidade, onde parece haver um magnetismo no ar, e eu, literalmente, fiquei paralisada e abduzida contemplando o panorama branco dos mármores consorciado com o azul da água. Um dia perfeito!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Calmaria, Paz, Tranquilidade, Imensidão

Dia desses estava hermética, lânguida, blasé, chata mesmo. A noite caía sobre a cidade, e o breu sobre mim. Residia a salobra sensação de que fiquei sentada à beira do caminho olhando a vida passar, estagnada nas minhas promessas e presa a alguma coisa que não soube decifrar. Algo como hibernar no outono. Fiquei imóvel por uns vinte minutos olhando em um único ponto. Coisa de louca mesmo! A facada no peito espetava as minhas esperanças. Uma angústia abstrata, lancinante e não reconhecida me tomava em cólicas, questionei ser tristeza e insatisfação; ora refletindo, ora absorta. Disse: que saudade da primavera que habita em mim! Sinto falta da espuma da onda do mar que morreu em meus pés; da liberdade que rodeia sem me prender; sinto meus dedos orfãos da pele que não toquei; meus olhos secos pelo que não enxerguei; minha boca sedenta pelo que deixei de falar; meus braços em dívida pelo calor que neguei. A impressão causada é que a vida passa na velocidade da luz e me falta tempo para conquistar os sonhos que ainda tenho. Chorei lágrimas tantas e quentes, lavei a alma, como se fosse com água e sabão. Depois a madrugada me abrigou, o dia nasceu com um lindo sol e, Deus com sua generosidade, me presenteou um entardecer igualzinho ao que está aí na foto; Ele sabe muito de mim, tanto tanto, que só um por do sol tão bem construído para acariciar de mimos minha auto-estima melhorando as substâncias do cérebro que atuam no humor. Posso estar no grau mais alto de mau humor ou melancolia, mas se um fim de tarde desses se apresentar para mim, me desarma de todo embrutecimento e tédio. Me liberto do gesso e resgato minha alegria. A paisagem alaranjada é um potente colírio que limpa meus olhos cegos, a maneira que vejo as coisas, me leva a acreditar que a vida é bela e alimenta meu espírito de fé.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Do tudo e do nada que sou

Não sei se pela melancolia da paisagem, pela minha própria melancolia, pela sensação de abandono, de estar só no mundo, ou pela solidão que descortina minhas lágrimas e me leva para as águas de um rio. Pousam meus olhos, e me vejo dentro de uma canoa percorrendo cada recôndito, cada vereda, deslizando no desembaraço da água, pelas matas, olhando as margens, a admirar e a mirar sem ver. Busco nostalgia numa gaveta profunda do meu coração, sinto saudade do que não vivi, mais também do que vivi, viajo à deriva, com a retina perdida, contemplando o céu azul, a água e a terra, as cores em volta, os galhos das plantas, os matizes, a brisa da manhã, os reflexos na água, as texturas. Desenho nas nuvens meus desejos e minhas sendas, faço planos, sonho. Divago em antagonismos, na rivalidade que a vida impôe; bem e mal, chuva e sol, alegria e tristeza, noite e dia, juventude e velhice, vida e morte, sol e lua, amor e dor, ouvir e calar.. e escorregando suavemente pelas ondas macias compreendo que os dias escorrem pelos meus dedos, que eu não sou dona de mim nem de ninguém e nem de nada, que a minha fase 'imortal' se foi há muitos novembros, como a corrente que me navega e que passa além, tão solitária quanto eu.. e ainda assim, ouço o eco das águas do rio cantando para mim..

Diálogo entre surdos

Tudo que é belo e bom na vida, não é para se dizer, não precisa ser dito, basta escutar o que diz o silêncio.

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Chove Chuva

Adoro a chuva, gosto da sensação que sinto quando chove, gosto mais ainda do cheiro de chuva. Me lembro de ouvir música quando chovia. É uma terapia de regressão recordar as caudalosas chuvas que vivi em minha infância, um magnetismo me puxava ao seu encontro. Recordo o pequeno terraço na casa da minha avó, eu recostada no parapeito gritando encantada para o cenário, depois voltando o olhar pidão para minha mãe numa espera longa e ávida por um aceno positivo. O espetáculo digno de nota me abraçava. O vento uivava como um lobo soprando meus cabelos e molhando meu rosto com os pingos da chuva que eu lambia, adentrava em mim numa troca perfeita e quase me levantava de tanta força. Eu pisava as poças d'agua ao encontro da enxurrada e descia na avalanche cor de barro transformada em córrego, nadava e boiava mais de cem metros dentro da correnteza suja; mas meu deleite era lei. Por vezes as gotas doía nas minhas costas, mesmo assim era sensacional sentí-las tentando desviar-me delas, e a liberdade se fazia. Corria na chuva, e cantava e cantava. Ficava leve. E quando minha avó não me deixava tomar banho de chuva, eu tristonha, ainda assim, não abandonava o filme. Admirava e contemplava o cair das gotas da torrente, os pingos tortos pelo vento que soprava, a sonoridade da chuva no telhado, a paisagem completa. É escandalosamente mágica a sensação que a chuva exercia e até hoje causa em mim! Adoro apreciar o chuvisco, as gotículas descendo na janela, os pingos grossos caírem das folhas afogando a sede do solo. É fascinante acompanhar a água deslizando sobre o caule das árvores prometendo boa colheita. Todavia os relâmpagos me encantavam e os trovões me acuavam mas mesmo temendo o ensurdecer dos trovões, e quanto mais o barulho dos trovões me limitava, mais me aconchegava o cantar da chuva ao transar com o vento. É uma espécie de assovio, um coro de promessas na esperança de dias melhores, de um amanhecer ensolarado. Nada como andar na chuva pisando na areia, nada melhor que sublimar o céu em tons de cinza chumbo clareados por raios poderosos, olhar as palmeiras num balé sincronizado, as folhas das árvores dançando ao cair, as saias das bananeiras esvoaçantes. A chuva controla com sua força a natureza, tem um sentido de otimismo, de fecundidade, de se opor à seca. O dia nublado e chuvoso rega as plantas e contraponta o sol que depois nasce para alimentá-las de luz; um não existe sem o outro. Algo como recomeçar o novo ciclo. A chuva que traz o verde, os frutos, a renovação. E ao voltar no túnel do tempo vejo a cena, em cor sépia, eu, esquelética, só de calcinha pulando saltitante na chuva, minha avó Nenem na cozinha fazendo doce de leite, de banana, de cajú e biscoitos efes-e-erres, o gato Chano no pé da mesa, o cachorro Rex dormindo no alpendre, sinto o cheiro do café fresquinho, ouço o som da xícara no pires, e as vozes das minhas tias alvoroçadas conversando e ouvindo uma espécie de ópera, Elvis e outras canções, minha querida tia Didi lendo deitada na cadeira de espaguete azul, meu avô na rede tirando uma sesta e, naquele momento todos definitivamente felizes com a simplicidade da vida. Nesse rememorar um rio de lágrimas vaza em mim. A chuva tira o pó e lava a alma.

sábado, 28 de outubro de 2006

Madrid, meu êxtase

Um arco-íris invade minha boca, meu estômago chora, mais o mundo cabe na palma das minhas mãos. Mastigo a ânsia de viajar. Quase dez meses longe da Espanha me crava a dor no peito. Vale as promessas. São tantas. Acima, Madrid, Puerta de Alcalá. Abaixo, Madrid vestida de rosa, Palácio das comunicações.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Toledo, Patrimônio da Humanidade

Quer perder o fôlego sem sofrer? Vá a Toledo, Es. A capital de Castilla-La Mancha é uma das cidades espanholas com maior riqueza monumental. Conhecida como a cidade das três culturas, onde vivem durante séculos árabes, cristãos e judeus numa mistura de povos de diferentes religiões. Se toleram, se respeitam e convivem em paz a tornando especial. A região com paisagens montanhosas fica no coração da península Ibérica, sobre uma colina de granito abraçada pelo rio Tajo, em português, Tejo. A beleza é estonteante. Se você procura história, Toledo é o lugar ideal, pois mantém o encantamento do passado que a converte a um lugar mágico, um dos mais espetaculares do mundo. Conserva um legado artístico e cultural em forma de Igrejas, palácios, fortalezas, mesquitas e sinagogas. Rodeada por muros com o fim de defender-se dos inimigos, é um dos mais importantes centros da história medieval mundial, algo como viajar na máquina do tempo e aterrizar na Idade Média. Fascinante! A cidade é um museu sem paredes, com ruas limitadas por muralhas. Passear pelas "calles" admirando-as, sorver o passado que parece vivo, é de embevecer o olhar mais crítico. O clima da cidade é extremoso, muito frio no inverno e muito quente no verão. Toledo é um dos grandes legados arquitetônicos e de arte da Espanha, lugar do pintor El Greco, onde sua casa é agora um impressionante museu que alberga e pode-se apreciar suas obras. A provincia toledana é famosa por sua rica história, seus moinhos de ventos, e por ser um dos lugares onde Cervantes situou as aventuras de Don Quixote de La mancha. Localizada a 71 km de Madrid, tem mais de setecentos mil habitantes, e 529 m acima do nível do mar. É a linda Toledo, um convite sedutor e apaixonante. Fotografia: Toledo ao luar...

domingo, 22 de outubro de 2006

Se pudesse caminhar sobre essas águas

Sem vontade de sair de casa no calor de outubro., com o sofrível desejo de repensar a vida e ouvindo 'bandolins' de Oswaldo Montenegro, se fez a grande idéia da minha tarde de domingo. Sentada um bom tempo diante das teclas, não veio a inspiração, não veio nada, umas linhas escritas; várias apagadas. Depois de tanta ânsia para postar e necas de pitibiriba, me ocorreu a fotografia tirada há três dias atrás no encontro dos rios Poty e Parnaíba: O Sol se vai sob o meu olhar e todo o lirismo do entardecer. Presente dos deuses.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

À caminho da Mãe de Águas Profundas:Madrid

Já chorei por tudo.. por alegria, por angústia, por dor, por flor, por não ser, por não ter, por pancada, por cisco no olho, por topada, por injustiça, por medo, por dor-de-cotovelo, por exclusão, por inclusão, por arrependimento, por ser obrigada na infância engolir o choro, por sorte, por falta de sorte, por perder, por ganhar, por revolta, por dor de dente, por raiva, por compaixão, por pena, por fim de ano, por um novo começo, por estar com o coração no outono, por um mundo igualitário, por contemplação, por sorver uma lágrima, por ter olhos sãos debruçados no rio passando, por pisar na areia molhada, por admirar a chuva.., o vôo dos pássaros, e até por nada. Quer saber? Chega. Fim.
Hoje choro de saudade da minha linda Cacá, que voltou para a sua vida, para o seu marido, para a sua casa.
Amor,
mãe, pai, piú, pedo

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Um Tema Inesgotável: O Amor

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida Meus olhos andam cegos de te ver ! Não és sequer a razão do meu viver, Pois que tu és já toda a minha vida ! Não vejo nada assim enlouquecida ... Passo no mundo, meu Amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida ! "Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..." Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim ! E, olhos postos em ti, digo de rastros : "Ah ! Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..." Florbela Espanca - Livro de Soror Saudade (1923) Poema -Fanatismo- musicado por Fagner. Imprime aos amantes a paixão que seduz, respira, tolhe, sufoca, aprisiona, ilha, motiva, acorda, dorme e por fim LIBERTA..

terça-feira, 17 de outubro de 2006

A leitura e a sombra, RENOIR

O livro emite raios luminosos, conversa e enfeitiça.. e sob a mágica viagem a menina cálida se derrete..

Duas mãos postas são sempre tocantes

Quando conheci Roma, algo de especial tomou conta de mim, quebrei paradigmas, reatei comigo mesma, como se eu fosse o mataborrão e a cidade o perfume. Deixei de reagir para agir mais e melhor. A Itália é mágica, recendeu os odores do passado, é como se eu já tivesse lá em outras épocas, em outras vidas.. Todavia o passar do tempo confirma, que sou o que sou e também algumas coisas à mais que ainda serei. Sem embargo deixo-me nua, e a cada instante, as melhores partes de mim vão fluindo. Atrás a Basílica de São Pedro no Vaticano, com sua Cúpula grandiosa. Roma concilia metrópole com calor humano.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Málaga-España

Num entardecer confidente; a hora perfeita de calar.. Selena

Eu

Simplesmente Selena