segunda-feira, 27 de novembro de 2006

2007, Esperança Renovada

Há muitas mulheres em mim..
Despetalando-me
Em tormenta interna,
Renascerei como a Fênix,
E me vencerei.
O céu é o limite.
Se sou ou não sou, eis a questão.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

A Encantadora Fontana di Trevi

Fontana di Trevi ou Fonte das Trevas é um dos mais conhecidos monumentos romanos, sendo a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália. O cenário é fascinante, a sonoridade aconchega e recheia de energia positiva seus visitantes. É tradição jogar moedas e pedir a realização de desejos, e fala-se que o retorno é garantido. Se não me engano, para o ritual romano deve-se jogar três moedas na fonte, e com isto assegurar que um dia voltará à Cidade Eterna. Então, de costas para a fonte, segura-se a moeda com a mão direita e a joga para trás com um movimento sobre o ombro esquerdo. Não se deve olhar para a moeda, mas por via das dúvidas peça para seu acompanhante conferir se ela caiu mesmo na água. Eu mesma já fiz isso e estou esperando ansiosa que meu pedido se concretize logo. Além do pedido de revisitar este museu que é Roma, fiz outros três, porém inconfessáveis. A Fontana de Trevi, possivelmente a fonte mais bela do mundo, é conhecida mundialmente pela famosa cena de Anita Ekberg no filme clássico de Federico Fellini, “La Dolce Vita”. Avistá-la é inebriante e mágico, especialmente após o anoitecer, quando exuberante é iluminada em toda sua grandiosidade, onde parece haver um magnetismo no ar, e eu, literalmente, fiquei paralisada e abduzida contemplando o panorama branco dos mármores consorciado com o azul da água. Um dia perfeito!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Calmaria, Paz, Tranquilidade, Imensidão

Dia desses estava hermética, lânguida, blasé, chata mesmo. A noite caía sobre a cidade, e o breu sobre mim. Residia a salobra sensação de que fiquei sentada à beira do caminho olhando a vida passar, estagnada nas minhas promessas e presa a alguma coisa que não soube decifrar. Algo como hibernar no outono. Fiquei imóvel por uns vinte minutos olhando em um único ponto. Coisa de louca mesmo! A facada no peito espetava as minhas esperanças. Uma angústia abstrata, lancinante e não reconhecida me tomava em cólicas, questionei ser tristeza e insatisfação; ora refletindo, ora absorta. Disse: que saudade da primavera que habita em mim! Sinto falta da espuma da onda do mar que morreu em meus pés; da liberdade que rodeia sem me prender; sinto meus dedos orfãos da pele que não toquei; meus olhos secos pelo que não enxerguei; minha boca sedenta pelo que deixei de falar; meus braços em dívida pelo calor que neguei. A impressão causada é que a vida passa na velocidade da luz e me falta tempo para conquistar os sonhos que ainda tenho. Chorei lágrimas tantas e quentes, lavei a alma, como se fosse com água e sabão. Depois a madrugada me abrigou, o dia nasceu com um lindo sol e, Deus com sua generosidade, me presenteou um entardecer igualzinho ao que está aí na foto; Ele sabe muito de mim, tanto tanto, que só um por do sol tão bem construído para acariciar de mimos minha auto-estima melhorando as substâncias do cérebro que atuam no humor. Posso estar no grau mais alto de mau humor ou melancolia, mas se um fim de tarde desses se apresentar para mim, me desarma de todo embrutecimento e tédio. Me liberto do gesso e resgato minha alegria. A paisagem alaranjada é um potente colírio que limpa meus olhos cegos, a maneira que vejo as coisas, me leva a acreditar que a vida é bela e alimenta meu espírito de fé.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Do tudo e do nada que sou

Não sei se pela melancolia da paisagem, pela minha própria melancolia, pela sensação de abandono, de estar só no mundo, ou pela solidão que descortina minhas lágrimas e me leva para as águas de um rio. Pousam meus olhos, e me vejo dentro de uma canoa percorrendo cada recôndito, cada vereda, deslizando no desembaraço da água, pelas matas, olhando as margens, a admirar e a mirar sem ver. Busco nostalgia numa gaveta profunda do meu coração, sinto saudade do que não vivi, mais também do que vivi, viajo à deriva, com a retina perdida, contemplando o céu azul, a água e a terra, as cores em volta, os galhos das plantas, os matizes, a brisa da manhã, os reflexos na água, as texturas. Desenho nas nuvens meus desejos e minhas sendas, faço planos, sonho. Divago em antagonismos, na rivalidade que a vida impôe; bem e mal, chuva e sol, alegria e tristeza, noite e dia, juventude e velhice, vida e morte, sol e lua, amor e dor, ouvir e calar.. e escorregando suavemente pelas ondas macias compreendo que os dias escorrem pelos meus dedos, que eu não sou dona de mim nem de ninguém e nem de nada, que a minha fase 'imortal' se foi há muitos novembros, como a corrente que me navega e que passa além, tão solitária quanto eu.. e ainda assim, ouço o eco das águas do rio cantando para mim..

Diálogo entre surdos

Tudo que é belo e bom na vida, não é para se dizer, não precisa ser dito, basta escutar o que diz o silêncio.

Eu

Simplesmente Selena