quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Retiro temporário

Olá caríssimos visitantes,
Este blog está de recesso a partir de agora. Depois do ano novo: novas postagens, novos pensares, outras idéias, novas trocas.
Para todos nós, FELIZ ANO NOVO com SAÚDE e PROJETOS realizáveis.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

PARA 2008: .....

Recomeçar; cuidar-me mais; caminhar mais; amar mais; compreender mais; tolerar mais; ousar mais; observar mais; elogiar mais; ponderar mais; acreditar mais; perdoar mais; abraçar mais; beijar mais; não mais levar a vida tão a sério; arriscar mais; ouvir mais; calar mais; silenciar mais; ler mais; escrever mais (talvez); passear mais; ser mais livre; viajar mais; aproveitar mais e melhor; desfrutar mais; sorrir mais; agradecer mais; agradecer mais; agradecer mais; agradecer; agradecer mais.. É que o vento entrou voraz pela janela, empurrou a cortina e cuspiu-me na cara. Ah! Que deu-me uma vontade imensa de reconstruir-me.

Obrigada, Senhor!

sábado, 22 de dezembro de 2007

JESUS NASCEU..

Para:
Reinar a paz, agregar as pessoas, iluminar o homem, fazer brilhar os olhos das crianças, acabar o medo, alegrar o coração, cuidar da humanidade, trazer pão à nossa mesa, abençoar seu povo, salvar o mundo. Junte tudo isso ao significado do natal e mais o que ficou aqui por dizer.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

E S T Á Q U A S E C H E G A N D O . . .

Existe um só banquete que pôe no chinelo jantares dignos de reis de Nova York, Madri, Londres e Paris; é a ceia de véspera de natal em família.. humm.. ah!, que delícia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

leve, solta e linda..

Eu tenho para mim, que o programa "Fantasia", cabe no horário das tardes de sábado ou de domingo, e poderá ser a pedra no sapato da concorrência. Há muito tempo não via tanto carisma e graciosidade na TV., incrível!, parece que ela está do nosso lado, na sala da nossa casa, dançando com as crianças, jogando dominó, ou contando uma boa piada. Tenho a sensação de se esquecer das câmeras, ou melhor dizendo, parece ser totalmente desprovida de egos. Helen Ganzarolli é impressionante! E para quem começou na banheira do Gugu, está dando um show como apresentadora: segura, espontânea, agradável e dona de uma alegria contagiante; esta será a nova promessa do SBT, ou quiçá a sucessora de Hebe Camargo. Certamente!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

da sensorial composição

Cores, cheiros, texturas e formas;
harmonia, ambiência, tons vibrantes, perfeita proporção.
Quando as palavras não chegarem trarei sempre algo como isto.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

antes do amanhecer..

.. avalio a vida, o que seria leal para viver com qualidade, faço um balanço deste ano não tão bom, e lá pelas tantas da madrugada, deslizo suavemente na cadeira da varanda de um lado ao outro, com papel e caneta na mão escrevo minhas deficiências, onde devo melhorar; reflito, me auto-analiso. Em seguida escrevo isto: -Meu marido e meu filho dormem agora, seus corações pulsam calmos e intensamente, ouço barulhos de mim e de fora, olho fixamente a rua deserta, a rua despovoada olha o cachorro desamparado, o cachorro observa as folhas que o vento leva.

domingo, 16 de dezembro de 2007

querido blog..

..varei o dia fazendo uma faxina das boas, lavei tudo, limpei cada detalhe, até os cantinhos mais ínfimos, perfumei o ar, coloquei uma música suave, acendi o incenso, depois a luz e, finalmente convidei a esperança para entrar. Bem-vinda!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

da reflexão..

Apetece-me festejar a época do natal, gosto da árvore, me traz boa saudade, era o momento crucial para ajudar minha mãe colocar os adornos e a manjedoura com o menino deitado, e mesmo ficando ansiosa me deliciava com a solenidade. Cada ano a gente melhorava nossa árvore, uma bolinha mais bonita, mais reluzente, ou maior. Esta sensação me dava frio na barriga, e só o fato de minha mãe dizer que já estava chegando o dia me trazia enorme prazer, pois em minha mente me tornava mais próxima dela e também me sentia útil, fora a alegria de remontar a árvore de natal., ah! esta era indescritível. Uma borboleta voava em meu estômago o tempo todo, e olhá-la no chão como se clamasse rapidez para ser enfeitada inflamava minha impaciência. Tinha um gôsto todo especial de cores, sons, luzes e cheiros, mas junto a isso vinham também sentimentos de liberdade, de esperança e de unidade entre nós, todos desejando-se boas festas e bom ano. Existia naqueles votos frescor, leveza, harmonia e um certo charme. Na verdade havia mesmo um sentimento sublime, algo como renascer, recomeçar, reavivar o espírito. Uma vontade que brotava de ajudar o próximo nem que fosse só com um bom-dia, um cafezinho, um tapinha nas costas ou um largo sorriso. Eram desejos bons e fiéis. Esta sensibilidade se sobrepunha a dureza do cotidiano, aos dissabores de viver, havia uma sentimentalidade mais aflorada nas pessoas, os corações se alargavam, pairava uma atmosfera de reciprocidade, criava-se um elo. Ainda percebo legitimidade a este sentimento nos dias de hoje, mesmo sendo menor que antes. E é este o período que mais me remete a frase célebre de Jesus Cristo: “Amem-se uns aos outros”. Entendo a palavra "amem-se" sem necessariamente ter que amar meu vizinho nem sofrer pelo problema dele, sem exageros, mas, o verbo, antes de tudo, quer dizer sentir compaixão pelo outro, pela humanidade, pelo planeta. Entretanto, este mandamento abençoado se aplica melhor a quem está em frente aos nossos narizes, e amar-se o outro, é não esquecer de amar essencialmente os seus, ou seja, os meus. É amando que não deixarei meu filho ser criado pelo mundo cão, nem por vídeos-game ou pela rede; é amando que não vou esquecer mais meu marido jogado às traças numa vida paralela a minha, vivendo a dois, mas solitários; é por bem amar que estou atenta às minhas filhas, por menores que sejam seus problemas. É por este amor incondicional que não deixarei minha família vegetar no decorrer do dia-a-dia sem uma palavra de aconchego. É por este amor que reciclarei meus valores para doar um momento sequer ao ente mais velho com minha palavra mais adequada; é por amar na justa medida que engolirei as palavras duras antes de ferir meu irmão ou quem quer que seja. É por este tão mal exercitado e precário amor que antevejo meus passos a fim de não cometer os mesmos erros. Mas, acima de tudo, é por este tão necessário amor que o quero a todo custo, seguro e fortificado, todavia que eu me lembre a cada instante de alimentá-lo. Do todo amor que não é garantido para sempre senão trabalhado e construído, um dia de cada vez. Repetidas vezes. E assim se fará o verbo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ao sabor do vento..

Estava sentada no sofá ouvindo a 5° sinfonia de Beethoven, pretendia me animar aos objetivos traçados para 2008, na verdade eu diagramava metas a cumprir. Compenetrada, desenhava na minha mente os planos, e aos poucos ia criando uma estratégia para chegar até eles. A música esvoaçava em alto som, daí começou um assobio cortante. Meu olhar, perdiiiido, atravessou a janela, foi nesse momento que avistei a mangueira da casa do visinho quase tombando. E então, percebi o vento furioso a namorar com as folhas da árvore; preciso dizer que esse momento foi perfeito.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nada mais, apenas saudade..

.. desta luz, desta cor, do cheiro desta casa, do pôr-do-sol desta varanda, e desta mademoiselle..,

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

suco de laranja das minhas manhãs, só faltava você; agora não falta mais..

Não entendo como as vezes tenho saudade das coisas que não vivi. Inexplicavelmente hoje, exatamente hoje, me deu uma vontade danada de morar em uma vila na Toscana, lugar de rara beleza, com suas colinas e vales a perder de vista. Eu e os meus, dando o ar da graça numa casinha medieval, uma música típica italiana desenrolando no ambiente; na mesa, a toalha estampada sob pães desposados na travessa; no jarrinho singelo, flores coloridas e vibrantes; no fogão, o leite quase fervendo; na janela, meu olhar debruçado sobre as crianças a correr e brincar; lá fora, a explosão dos girassóis enfeitando o paraíso.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

dos eufemismos..

Pintura de Georges de La Tour, Madalena.. (arrependida?)O ano está praticamente findo e literalmente o empurrei com a barriga, estive todo ele, paralisada. Mas, graças a Deus, há uma sensação de infinito todas as vezes que vai começar um novo ano. Creio que existe uma linha divisória, a da esperança. Estou assim, esperançosa outra vez. São poucos os projetos que tenho, mas são também inadiáveis. Destes planos não abrirei mão, serão concretizados, e em verdade vos digo: darei à luz a eu mesma, renovada. Não me interessa mais os altos e baixos, já avisto meu sucesso, mesmo que tímido; é a neurolinguistica programando meu cérebro. Digo-me isto, tenho que ouvir minha própria voz, ler minha escrita, serve para ficar na mente, atuando, me cutucando. E sem nenhuma chance de falhar novamente ou de ser só mais uma sobrevivente do dia a dia, pois tive todas as oportunidades e as larguei no meio do oceano, entretanto tudo tem limite. Já perdoei meus erros. Quebrarei este ano frustrante, insosso, sem cor, sem viço, sem labor, sem nada. O rasgarei do próximo que vem, e de mim.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Chuva: finalmente!!!

Gosto do cheiro que se espalha no ar depois que chove, parece que lava toda a poeira e deixa um úmido frescor com aroma de limpeza.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Do cansaço da subida..

Uns dizem, fulano teve sorte, pois nasceu em uma família de bacana; outros dizem, beltrano teve sorte, pois passou num concurso para Procurador. E daí! Dizer que aquele ou aquela pessoa teve sorte é desculpa, isso não existe, o que existe é a oportunidade convergindo com o preparo, quando estes dois se cruzam, viram uma combinação perfeita. Zezim, sobreviver tem um preço, porém viver bem tem um custo diferente, maior e exige esforço. Todos objetivamos caminhar a um determinado fim, e ao que esperamos e aspiramos para nossas vidas. Ambicionamos crescer profissionalmente e ser reconhecidos, pretendemos ainda crescer como pessoa, e da mesma forma queremos realizar nossos sonhos de consumo. São muitos propósitos a cumprir. E o ônus da conquista deste tão desejado sucesso está relacionado com: dedicação, foco, transpiração, obstinação, ousadia, ética, disciplina, persistência, em fazer, em acreditar, em buscar, em vender caro uma derrota, mas principalmente em se comprometer com PAIXÃO e se (RE)inventar; características suas que o destingue dos outros. Vá em frente, então. Devagar e com fé. Dia após outro. Pelo menos não se arrependerá no futuro de não ter arriscado. Amarre o seu entusiamo na estrela mais alta e vá atrás dele sem limites, nós somos do tamanho que acreditamos ser. Lembra? Sempre falei isso com você. Se veja gigante e entregue sua sorte a Deus. Trabalhe: e Ele não o abandonará. Vida é superação, é quebrar os nossos próprios recordes. E viver é tentar. Com o intuito de dar certo. Sem pensar que pode falhar. Mas não desistir jamé! E eu, tô aqui, para o que der e vier.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Amo-te, Roma

Como sou fascinada por esta terra! Minha vida de viajante se resume a antes de Roma e depois de Roma. Foi nesta cidade que as portas do mundo literalmente se abriram para mim, e que o sentimento do belo floresceu com maior força, foi aqui também que meu olhar se tornou menos egoísta mas mais exigente. A verdade é que foi este o lugar em que mais me senti próxima de casa, e em que meu coração verdadeiramente disparou dentre todas as paragens que visitei. Roma tem cara de metrópole com jeito de cidade provinciana. Aí na foto estamos diante do Coliseu, essa construção teve em tempos passados autonomia para abrigar até cinquenta mil pessoas, e têm quase dois mil anos. O lugar foi base de combates entre homens, entre animais, mas também entre homens e animais; tudo com o intuito de lazer. O curioso é que foi palco também entre embarcações, pois a arena podia ser inundada. Putz! O massacre devia ser grande e sangrento. Uma bagaceira sanguinolenta por todo lado, e o povo aplaudindo o feito. O Coliseu ainda é, há centenas de anos, o ícone dos tempos de glória de Roma. Nossa! O império romano foi esplendoroso mesmo e de uma megalomania fora do comum, tanto é, que ainda está de pé em seus resquícios legitimando a história. Quando entrei no maior anfiteatro de Roma, vi o quanto é gigante e aberto, porém tive algo que não soube explicar, uma espécie de comoção, de aprisionamento, senti falta de ar e tontura. Não sei se pelo lugar ou pelas inúmeras e grandes pedras da escadaria no qual me remeteu a um filme épico, é como se tivesse diante de mim, exatamente, uma cena banhada de sangue. Igualmente o achei parecido com as pedras do desenho de "Os Flinstones", e olhando por este prisma ficou mais light. Possivelmente esta sensação ruim é pelo espetáculo de morte que já vi em filmes, e como ocorreu aqui de vero, se fez bem pior, pois o sentimento foi da trágica comédia da realidade, e me deixou bastante agoniada.
Na Piazza di Spagna basta subir os degraus e assistir a um lindo pôr-do-sol, este lugar tem uma bela vista para as sete colinas de Roma. No alto fica a igreja francesa Trinità dei Monti, um dos monumentos mais marcantes da cidade. Vale a pena subir a larga escadaria. Quando se está em uma viagem tudo vale a pena, especialmente conhecer e beber de outras fontes. Roma, A Cidade Eterna, onde todos os caminhos nos levam até ela. Enfim, a mais atraente que conheci, e amei..

domingo, 2 de dezembro de 2007

do último alento..

Nuvens inquietas olham a chorar, o sol desmaia sorumbático, as estrelas já não faiscam tanto, a madrugada lastima-se angustiada, o dia já não é tão belo, ocorre que: um intenso tapete verde se alastra armando tenebrosa cilada; e o rio Poti deprimido agoniza,.. devagarinho.. devagarinho..

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Lar doce lar..

A minha casa, em um pequeno pedaço do entardecer, muda de cor, enche-se de dourado, me enche de amor.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Um destino romântico..

Entre as dobras dos dias a passar,
desliza o rio Arno: por amores desencontrados,
por amores que não se podem ter,
por amores que se acharam,
por amores que se acharão,
por um amor que não vingou,
pelo amor que morreu sem nem mesmo nascer..
Não tínhamos a menor idéia do quão Florença é bela, bela, bela..
Algo me diz que este lugar têm mais coisas além
do que meus olhos podem enxergar.
Firenze ou Florença, deveria se chamar: Romântica.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

e os filhos crescem..

Lânguidas queixas minhas desesperadas gritam de saudade: “segurem por favor, o tempo!!!”

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Saboreando a capital francesa

Abre parêntese: é, Paris! A cidade de mais rara beleza, multicultural e cheia de charme que meu olhar se deitou. O impacto que me causou ao chegar foi incompatível ao que imaginava. Eu tinha diante de mim, luxo por todos os cantos contra a selvajaria dos imigrantes africanos que buscam uma melhor qualidade de vida. É espantoso o quanto têm de pessoas procurando espaço sem expectativas maiores, senão a da sobrevivência.
A cidade me deu a impressão de grandes espaços se mostrando suntuosa e bem construída, com inúmeros palácios, monumentos, praças e cafés que a pontuam em cada detalhe e em cada recôndito. O passeio pelo rio Sena é imperdível, algo como endossar a viagem: vá a Paris suba na Torre Eiffel mais também não se esqueça de deslizar pelo Sena. Porém o que mais me chamou atenção foi uma cidade subterrânea, onde tudo acontece: metrô como fim principal, pequenos supermercados, lojas de roupas, tênis, barzinho etc; uma miscelânea de pessoas indo e vindo o tempo todo. Sobreviventes sobrevivendo na cidade, e.. um caos!
Ao chegarmos de Santiago de Compostela, num vôo direto e rapidinho, coisa de 1:30 minutos, me dei conta que estava cheia de gás para caminhar naquela grandiosa metrópole. Enorme mesmo, fora de controle, e também repleta de turistas. Acho que não dei sorte. Os museus, os meus favoritos estavam super lotados. Deu até preguiça conhecer.
Sim. Voltando a descrição.., tudo lá é longe e imponente, os palácios são de perder de vista, especialmente o de Versailles, com seus jardins exuberantes dão uma fiel lição de urbanismo. Honestamente queria falar de Paris com mais personalidade ou com toda a propriedade de uma notável esfomeada pelo lugar, mas isso não me cabe, pois eu não o sou; apesar de adorar a arte daquele palácio gigante, sabe aquele, o Louvre?! Sim nesse eu me esbaldei. Andei voraz o engolindo, ávida! Mas em outra oportunidade escreverei sobre o Louvre, ou pelo menos o que me chamou mais atenção.
Quanto a Paris não me atraiu nem me encantou tanto assim. Pronto. É isso. Falei. Por mais perfeição e bela fotografia que o outono imprima, que a cidade detenha, não me senti familiarizada com o lugar nem a achei tão irresistível como em outras cidades européias. Então posso dizer, que seja a cidade mais linda do mundo, e da mesma forma, quiçá, uma das mais democráticas; todavia recolho-me à minha insignificância de segunda visita esperando uma terceira, na próxima, ao lado do meu marido. Assim, porventura eu mude de idéia, e possivelmente a cidade-luz conquiste meu coração. Nesse caso deixo o olhar mais sequioso aos poetas, porque o meu é só de uma reles mortal. Contudo percebi a claridade singular pairando pelo ar numa cidade moderna, antiga e incomparável: um show. Entretanto não me apaixonei. Fecha parêntese.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Madrigais..

Grupinho nota mil.. grande viagem! Cel, Ari, Geanny, Lisandro, Sela, Caty, Arco do Triunfo e nóssssss..; Au revoir, Paris: a cidade mais bela do mundo!!!!!Estou diante do monitor, meus dedos nervosos procuram as teclas, estão tão apressados quanto o coelho da Alice, a menina lá, daquele País das Maravilhas. A lembrança me abraça. Sou tomada por uma chuva delas. Tenho que contar. Não posso deixar se perder o que vivi, conheci, me alegrei, refleti. Na verdade, preciso viajar para manter minha sanidade mental, é uma necessidade quase vital. São tão bons os sentimentos que se misturam e se movem quando estou viajando. Imensa é a vontade de desbravar e de conhecer o mundo, meus olhos brilham mais e abrem-se mais, especialmente o olho mental. Percebo-me num certo frenesi quando estou diante de um lugar diferente, ou de uma obra de arte, ou de uma praça milenar etc. Fico mais crítica e analítica. Me jogo à apreciar. Aumenta minha imunidade. Cada viagem mesmo que repetida se parece a primeira, é uma nova emoção, é um outro olhar, é o coração que se expande. São as cores, os sabores, os sons e as formas se fazendo valer. Sou eu engolindo a vida. Sou eu engolindo a sorte. Somos todos engolindo a arte, a história e cada expressão nossa. São as novas conquistas e paisagens e saberes. Sou eu agradecendo ao Senhor por poder experenciar mais. E principalmente sou eu, crescendo como pessoa, exercitando a ética e aprendendo a SER. Sinto como um dever repartir com as pessoas que gosto e passeiam por aqui, para que possam de alguma forma se familiarizar comigo.. enfim..

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Venice, Venezia ou Veneza: ame-a ou deteste-a

Passa das quatro da tarde, estamos vindo de Firenze, e o fim da linha se aproxima, o trem já rasga as águas, uma cidade flutua na nossa frente: parada final; Veneza se desembrulha à nós. Saltamos rápido puxando as malas. Caminhamos ansiosos até a estação por uns três minutos. Nossos companheiros estavam impacientes e cansados, assim como eu e Caty. Estávamos uns cacos viajantes, ávidos por um banho e boa comida. E sem ainda acreditar pensei: És Veneza! Eles apreciavam as lanchas e veículos sobre a água ao longe. Fui então com a Catarina pegar o mapa da cidade. Enquanto ela ficou na fila, resolvi bizóiá as lojinhas de muranos -um tipo de artesanato em cristais próprio da região. Admirei os vasos coloridos e voltei, a Cacá já me acenava com o mapa na mão. Ao descermos as escadas ela nos perguntou como achávamos que seria Veneza da estação para frente, e a resposta foi em côro: água, muita água. Sim, um mini paraíso como ela me dizia bem antes de chegarmos. Catarina se emocionou ao rever sua tão amada Veneza.
Dali para frente só veículos boiantes. É minha primeira viagem nesta cidade. A sensação é diferente e eu gosto. Parece que há uma mistura de luxo decadente, exuberância, uma quase libertinagem e um ar de nostalgia. É um composto de contradição fascinante. Enxergo mais altivez em Veneza que o próprio romantismo tão mencionado pelos poetas. Esta é a percepão do estímulo que a cidade me lança.., e percebi logo de cara. Penso ser uma achona, tenho as vezes uma idéia meio onipotente de formar opinião. Mas é puro sentimento os meus achares. E penso também que pode ser uma forma poética de achar.
Na verdade, no dia da chegada eu me sentia enjoada e estava gripando; consequência de caminhar atrás da minha irmã Celina -que também viajava conosco- pelas ruas de Florença, sob um calmo e determinado chovisco de gotas gélidas. Foi um ponto a menos para a Bella Venice. De toda forma no outro dia me perdi pelos labririntos de suas ruelas, e é realmente atraente, mas não ao ponto de dizer que seja maravilhosa. Não, pelo menos para mim. Por alguns momentos a achei um tanto enfadonha, apesar de única. Pois é! A cidade se apresentou na contramão. Talvez eu estava as avessas e senti uma atmosfera melancólica. Ora! Lotada, nem tenho noção de quantos turistas havia, parecia formigueiro. Não a enxerguei em toda sua grandiosidade: limpa e viçosa. Só vi gente. De todos os paises. A maioria asiáticos. Os transeuntes se amontoavam a caminhar de um lado para o outro. Gente demais. Nossa!!! Acho que fiquei devendo a mim mesma uma nova visita a fim de tirar outra melhor impressão. E se um dia lá eu voltar, com toda certeza escolherei uma época em que esteja, de turistas, desabitada; se é que é possível.
Fotografei bastante, e não sei bem porquê para os meus olhos Veneza é verde esmeralda mais a câmera só a enxergou azul esverdeada. Além das fotos trago-a guardada na retina, consigo ainda me lembrar de lá: do passeio delicioso de gôndola, da claridade do dia, dos afrescos dos tetos dos palácios, da arquitetura, do murmurado canto gregoriano que soava na igreja, do céu delirante, de tudo tudo..
Trocando em miúdos, Catarina afirma que só existe uma palavra que defina Veneza: Apaixonante. É a singularidade do olhar de minha filha acerca da cidade. Nesse caso, quem sou eu para contestar?! Entonces, se estiver de passagem pela Itália, não deixe de conhecê-la. Afinal é o lugar mais inverosímil do mundo.
Me bebi de Veneza de suas manhãs e de seus entardeceres. Contudo, no lúcido anoitecer da La Serenissima, no terceiro dia, tomei um táxi aquático em direção ao aeroporto Marco Polo, e despedi-me agradecida, mas com a sensação de não ter descido redondo. Quiçá uma outra vez.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Solo mio..

Entre canais sou levada ao seu encontro, faminta dela. E lá está, melancólica, de flanco aberto, de sol desmaiando, da noitinha que cai; é a triste Veneza: do momento impresso que guardo vivo no papel, mas não da tristeza.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Veneza, Ma che bella dona!!!

A deambular na parede do quarto, líquido riso verde esmeralda, um murmúrio delicioso, na luz brilhante da manhã; com leve toque na janela: é Veneza que nos acorda.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

À saúde, ao sucesso e muitos anos de vida: Um brinde!!!!!!

Este poste é em sua homenagem, meu filhote Pedro, que completou treze anos; um dos amores da minha vida. Eu nunca sei bem o que dizer que se faça tão sublime como a palavra: Eu te amo. Talvez esta outra forma seja tão bela quanto: Amo-te meu amor, com todas as minhas forças, atos, gestos e sons..

sábado, 17 de novembro de 2007

Vontade..

Vontade de engolir o mundo. Vontade de emagrecer. Vontade de trabalhar. Vontade de ter cinco anos. Vontade de estar ao lado da máquina de costura vendo os pés da minha avó balançando. Vontade de banhar de chuva. Vontade de estar na caixa pregos admirando um campo de amapolas. Vontade de viajar um ano seguido. Vontade de aprender outra língua. Vontade de não ter contas a pagar. Vontade de segurar o tempo. Vontade de rasgar o vento. Vontade de me livrar da ignorância que habita em mim. Vontade de empurrar a vida. Vontade de me banhar de sensibilidade. Vontade de sepultar minha maldade. Vontade de me esfacelar numa parede. Vontade de segurar a liberdade. Vontade de espremer meu coração. Vontade de pisar na sombra. Vontade de satisfazer minhas vontades.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

dos direitos da criança..

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

descanso merecido..

Fotografia: Altare della Patria, Roma Apenas isso. Saudade. Cultura. Gente. Lugares.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Zara: a rainha do fast-fashion; truque, mágica ou case de estratégia?

Amâncio Ortega
Moda boa de qualidade+Velocidade+Preço acessível=Maior fortuna do mundo da moda.
Si, si. Quem diria! Nem Armani, nem Prada, nem Rauph Lauren, nem Louis Vuitton, nem Gap, nem DKNY, nem Benetton, nem H&M. Esta bela atende pelo nome de: Zara. E sua opulência é disparadamente adiante dessas outras.
O seu criador tem o lema:
“Inovar sem olhar só os resultados”
“Dar autonomia às pessoas, ou seja, delegar poderes”
Mais qual a fórmula do sucesso do bilionário Amâncio Ortega? Qual o segredo para aplicar o Just in Time: fabricar o necessário, quando é necessário e na quantidade necessária? Como deixar as pessoas satisfeitas? A marca Zara já foi objeto de estudo em grandes escolas de administração e seu fundador inspiração para o livro: "De Zero a Zara".
Ele é o oitavo homem mais rico do mundo, odeia se exibir, não dá entrevistas e vive num duplex em La Coruña-Espanha, em um bairro de classe média de frente para o mar. Tem também um palacete do século XVII em Santiago de Compostela, onde reune a família e os amigos mais chegados, e um iate de 6 milhões de dólares; este bem simples para os padrões de Palma de Maiorca, ilha espanhola que fica no mediterrâneo, e é a escolhida para suas férias.
Adoraria ter o poder de adentrar (pelo menos um dia) no cérebro deste senhor. O que será que pensa Amâncio Ortega? Como será que conseguiu este império, quais forão as estratégias para fazer de sua empresa, a Inditex, uma gigante? Este é considerado o maior grupo têxtil do planeta, e localiza-se num lugar improvavél, a Galícia; lugar onde vive desde criança. Lembrando que a Galícia é a região menos industrializada da Espanha. Contudo é de lá a empresa mais poderosa do mundo fashion.
A maior e primeira de suas oito empresas é a marca Zara, e foi aberta em 1975. O diferencial desta marca é preço compatível com o bolso, roupa de qualidade, boa moda. Imagine estes três ingredientes junto a novos modelos de quinze em quinze dias e reposto duas vezes por semana; o tripé para deixar de quatro os corações dos clientes. Assim toda semana seus satisfeitos e fiéis clientes, a maioria feminino, vão verificar as novidades, dar "umaolhadinha", gostam e levam. Eis a grande sacada!
Como é fascinante conhecer histórias de sucesso! Confesso que me dá um pontinha de inveja, pois nada mais admirável que a inteligência de um visionário em uma vida de muita transpiração e grande sucesso.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

P A L A V R A S A R V A L A P

Chicoteia-me bondosas palavras e acompanharei atento o eco delas. Mas só as boas, as ruins não me interessam; jogue-as aos porcos, elas não levam a nada, só do mal para o mal. Quero palavras compassivas, de apoio, de conforto. Especialmente as motivadoras trazidas com inteligência emocional. Dá-me então sábias palavras, para que dancem em meus ouvidos uma harmonia perfeita. Presenteia-me sensatas palavras a brindar com a minha auto-estima que está tão baixa. Envolve-me de palavras carregadas de afeto, palavras de força maior, que têm o poder de orientar e de acariciar meu coração. Debulha-se para mim em palavras risonhas, reveladoras do bem.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

COMUNICADO

Caros amigos e leitores,

A partir de hoje 12/11/2007, o administrador deste blog optou por cancelar a página de comentários. Ainda assim todos poderão ler este espaço, sempre com novidades, mas sem a ferramenta: COMENTS.

Entrem e divirtam-se.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

ZARA + MULHERES: uma combinação perfeita

É de lei. Naqueles dias que enxergo a vida dentro de um quadro nada melhor para aliviar o descontentamento que um generoso cartão de crédito. Supre a falta de alegria e gera satisfação, age como um contraveneno para minha tristeza. Ora ora! Não sou hipócrita para dizer que eu não gosto de dinheiro. Gostchio e mutchio seu Creissu, ele é que não gosta de mim, pois está cada dia mais difícil esse danado. Bacana mesmo é morar na Europa, e nos dias para lá de chatos e sorumbáticos, nada como estrear o cartão nas lojas Zara, H&M, Blanco, Mango, Ikea e afins. Sim, estas lojas são um desbunde! E baratas. É para se delicicar mesmo nas compras. Depois de quebra fazer um lanchinho rápido no "Pans e Company" e saborear as deliciosas “batatas bravas”. Baterias recarregadas e mais passeio, então, outra rodada pelo shopping para arrematar as comprichas; sem esquecer de dar uma paradinha vapt-vupt no "Ben e Jerry's": o sorvete mais gostoso do mundo (pelo menos para mim) me espera geladinho. Gente! O que é aquilo?! Coisa de loucoôo!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Paris aí vamos nós..

Faltam dez minutos para as oito da noite e o dia ainda está claro, sobrevoamos a costa espanhola em direção a capital francesa, vou pela segunda vez rumo à Paris, cheia de expectativas e de coração aberto. Estamos em seis pessoas: eu, Catarina (minha filha), Celina e Ari (irmã e cunhado), Lisandro e Geanny (amigos). Se faz proveitoso viajar num grupo coeso e bem humorado, sendo que a empatia é o maior ingrediente para o sucesso da viagem. E qualquer contratempo será, apenas, um detalhe. Todos se ajudam, todos aprendem e se divertem. Esta é a idéia.
Daqui a pouco atravessaremos a fronteira da Espanha verde, a região da Galícia é encantadora e o outono têm a cor das nossas matas. A Espanha é um dos melhores paises que visitei, tanto para conhecer quanto para comprar. Terra caliente, cheia de graça e de lugares infinitamente belos.
A aeronave decolou com uma música descontraída e para cima com o intuito de alegrar o espírito. Lá atrás ficou a costa de La Coruña, o mar e as luzinhas piscando. Esta cidade é para lá de aconchegante, mais ou menos duzentos mil habitantes vivendo muito bem servidos de tudo: shoppings, escolas, saúde, museus, entretenimento e tudo que se tem direito. É conhecida como a cidade de cristal, pois seus prédios têm nas janelas e paredes os vidros que a ressaltam.
Volto o olhar para baixo e as ondas do mar batem contra a dureza das pedras. Não sei como não se cansam de fazer a mesma coisa tanto tempo: ir e voltar. É legítimo, na verdade nós também estamos indo e voltando sempre. Isso é viver.
Parece que contornamos a Espanha pela costa, pois faz meia hora que só vejo as ondas se arrebentarem lá embaixo, tão pequeninas.
Ainda são oito e meia da noite e o sol do final de setembro brilha no meu cabelo pela janela do avião. Avisto um tapete de nuvens e um horizonte azul dividido por um linha cor de brasa. Adoraria poder mergulhar nesse paraiso de algodão. Olho então para baixo e um lençol branco começa a ser banhado dos raios dourados até se confundir (aonde minha vista alcança) com montanhas íngrimes. São as nuvens. São meus pensamentos. Brinco com o que vejo e me imagino criança pulando numa grande almofada fofa. Ao passo que escrevo olho pela janela, o sol me acena como se desse "até mais vê", meu coração vibra de alegria e penso: que vermelho alucinante! Agradeço a Deus o brilho dos meus olhos e continuo a apreciar o carvão incandescente. A bola de fogo afoga-se nas nuvens num estupendo tom alaranjado de tirar o fôlego! Catarina bate fotos para marcar o momento e eu deslizo a caneta nervosamente sem conseguir acompanhar meus pensamentos. Chovo verborragia, quero contar ao papel mais o punho não acompanha meu sentimento. É algo tão grande e tão lindo.
Percebo que o avião inicia o processo de descida, estou levemente tonta, ao longe o sol também se prepara para dormir. A asa dura parece se mover lentamente para a esquerda numa baile sensual, avisto pequenas luzes de um povoado francês e me vem à mente que lá têm histórias de vida. Gosto da sensação de imaginar outras pessoas em outros lugares com o dia a dia acontecendo.
Êta!!! O comandante acaba de nos comunicar que pousaremos na cidade luz em vinte minutos, trocamos olhares ansiosos e nos ajeitamos nas poltronas torcendo por uma aterrissagem segura.
Lá fora, o horizonte se veste de negro e agora somos aclamados por música clássica de uma sonoridade traquilizadora; com certeza uma estratégia da empresa para tornar o vôo inesquecível. Acredito que conseguiram sim.
A iluminada Torre Eiffel se apresenta para nós, é ela o cartão postal de maior reputação da cidade luz. Imponente, parece nos dar boas vindas.
O comandante avisa para atar cintos, pouso autorizado.., e perfeito! Tudo é festa.

sábado, 3 de novembro de 2007

Uma história envolvente..

Dia desses me dei conta que gosto de ler primeiro o livro para depois assistir o filme, assim quando olho para os atores os identifico com os personagens da história do livro, e não o contrário. Aí sim, faço as minhas considerações. Li “O Amor Nos Tempos Do Cólera”, mas me apaixonei mesmo foi por Urbino -marido de Fermina- e com a sua forma de pensar bem atual. Estou ansiosa pelo filme que será lançado em meados de novembro. Antes a fábula tomou forma na minha imaginação, agora será pelo olhar da telona. Torço muito para que chegue perto de ser fiel, já que o cinema banaliza as histórias literárias sem dó nem piedade. Vamos ver.
A narrativa é uma epopéia generosa: romance, cotidiano e relações humanas munido de intensa e larga poesia. Florentino Ariza segue a vida movido por um amor maior e perseverante, e sem jamais esmorecer, espera por sua amada, Fermina Daza; quiçá, um dia, ou cinqüenta anos.. quiçá..

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

da imensidão azul

Se eu pudesse ser pássaro,
mesmo que por um dia,
queria ser uma gaivota..
a voar e voar,
até me entrelaçar com o horizonte e o mar..
a me perder e me encontrar,
ao looonge,
na imensa eternidade..
a olhar.. e me encantar..
a sorrir.. e cantar..
Fotografia, lugar: Fim da terra

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Fisterra - Espanha

O frescor da manhã. A brisa cortante. Quase ouço o silêncio. Cheia de saudade. Tão longe e tão perto. Sosinha. Náufraga. Dolente. Sem rumo. Sem prumo. Sem norte. Sem mim. Sem ti. Sem brilho. Sem nós. Sem nada.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

da rua pulsando..

espaço.. passo.. descompasso.. aço.. cansaço.. promessa.. anseio.. devaneio.. movimento.. transeunte.. concreto.. multidão.. solidão.. vulcão.. vão.. explosão.. sangue.. remorso.. boa nova.. alma.. dores.. rancores.. ferrugem.. viço.. luz.. breu.. cor.. labor.. amor.. desamor.. destino.. desatino.. construção.. desconstrução.. coração.. ação.. carrossel.. crença.. dinâmica.. encontro.. desencontro.. reencontro.. sonhos.. sentimentos.. olhares.. entre-olhares.. barulho.. correria.. labirinto.. rota.. andar.. desandar.. cair.. levantar.. esperança.. desesperança.. idas.. vindas.. lugares.. nenhum..

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Da linda e triste história..

..do sol que se apaixonou pela lua, mas como não pôde tê-la afogava-se, a cada dia, meditabundo, no mar...
e ainda assim, no outro dia, aguardava ansioso o breve momento dela encontrar;
e explodia numa dança tons alaranjado e violeta, depois se vestia do índigo da sua amada..
e se misturavam..
e se amavam..

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Por Quem Os Sinos Dobram?

Eles dobram por ti, meu amor.
Pois tu enxergas o que há detrás do meu olhar.
Sabes se estou triste ou feliz.
E me comove as tuas contas negras,
Porque quando me olhas,
És único ao me ver.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

da fé que contagia..

Quando ele ia de Roma para Madrid o medo tomava a forma do Monstro do Lago Ness, as mãos gelavam até o osso, a vontade de urinar crescia toda vez que voltava do banheiro e acomodava-se na poltrona. E naquele puxa-encolhe de ir e vir a aeromoça reclamou: “Por favor senhor, não vê os avisos? Sente-se e ate os cintos!”.. Apressadamente atendeu a advertência da aeromoça, mas logo que assentava vinha a “desinfeliz” vontade de urinar. Saía rápido novamente em direção ao minúsculo toilette para não submergir em si próprio. Foi quando levantou-se pela oitava vez, e a comissária bastante irritada disse que ia chamar o chefe de bordo. Coitado! Com rosto pálido tentou disfarçar o medo crescente. Num riso frouxo rezou, orou, meditou, cantou um mantra para sair daquela aflição. Rogou a Deus que o arrancasse do medo horroroso. Foi quando olhou para o lado e avistou uma senhora bem chegada na idade fechando a Bíblia a se benzer. Bastou uma troca de olhares. Aquela velhinha tão frágil! Era como se já tivesse em solo espanhol..

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

da fusão..

A noite engole o sol para horas depois vomitá-lo..

domingo, 21 de outubro de 2007

Que venha a chuva!!!

Então se veste de vento
Brinca com meus cabelos
Escorre até as pontas
Abranda-me o calor..

domingo, 14 de outubro de 2007

Os poetas nunca ficam sós..

Olá amigos! Recebi ontem este texto por email de uma amiga querida. Daí pensei: devo compartilhar esta dança poética com meus leitores. Hoje estou sensível e me sentindo uma pessoa melhor. Eis tão linda oração que me possa servir de aprendizado, mas que também sirva aos anjos que por aqui passam.. Oração a Mim Mesmo Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais. Falar menos. Chorar menos. Ver nos olhos de quem me vê, a admiração que eles me têm e não a inveja, que prepotentemente, penso que têm. Escutar com meus ouvidos atentos e minha boca estática, as palavras que se fazem gestos e os gestos que se fazem palavras. Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar. Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos. Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis; Aqueles que morrem e ressuscitam a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia. Que eu possa sonhar o ar, sonhar o mar, sonhar o amar, sonhar o amalgamar. Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza. Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela que a alma cria e que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde). Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida. Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante. Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos. Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas. Que eu saiba perder meus caminhos mas saiba recuperar meus destinos com dignidade. Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo: - Que eu não tenha medo de meus medos! Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis e desperte com o coração cheio de esperanças. Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência, sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas (que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez). Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso, ser órfão. Permita-me eu ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei, traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências; Respeitar incondicionalmente o ser; O ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou. Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos; Fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas. Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só. (Oswaldo Antonio Begiato)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

de Madrid..

Subtraio-te. Finalmente. Meu amor. Aborto-te de mim. Definitivo. Desmembro-te das entranhas a forcepes. Extirpo-te como ao sexto dedo que me sobra. Observo-me sangrando em ferida aberta. Arranco-te a raiz. Sem demora. Dispo-me de ti. Liberto-me.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

De Paris..

Mais do que ansiar seduzir alguém me apetece aqui, pouco a pouco, cativar a mim mesma. Naturalmente. Cotidianamente. Amiúde. Escrevo, vou escrevendo. Cativo e sou cativada, ou melhor, em rigor nem sei exatamente onde quero chegar. Ou posso ir. Este blog pode expirar ainda hoje, ou amanhã, ou depois de amanhã, ou durar três anos. Não sei. Deixo acontecer. Neste local, para vocês: o perfume das palavras.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

das paisagens belas..

A beleza que está para além das palavras. Estamos no alto a adimirar o mar. Sem comentários!
Esta cidadezinha é um paraíso! Se chama Fisterra-Espanha, e têm quase seis mil habitantes. Finisterre ou Fisterre é também conhecida como o fim da terra, na geografia termina a terra para começar o mar. Mais do que conhecer, gosto de observar as coisas, caminho pelos lugares observando tudo, desde um galho seco esquecido na areia ou mesmo o cheiro e as cores. Esta viagem será transformadora em nossas vidas. Eis um dos casais que nos acompanham nesta empreitada: Geanny e Lisandro.
Estamos subindo a montanha de 147 metros acima do nível do mar. São 3 km de subida (fomos de carro). O lugar é pitoresco e místico; emblemático para os peregrinos que fazem a rota de Santiago. A 86 km de Santiago de Compostela, Fisterra se localiza na costa galega e tem uma paisagem que me lembrou a Costa Amalfitana, região da Itália. De uma beleza desconsertante!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Momento ímpar em La Coruña-Es

Em cima de uma colina a fortaleza nos mostra toda sua grandosidade, a Torre de Hércules é um farol de mais de 2.000 mil anos e ainda em atividade. Nada mais nada menos que 234 degraus em um monumento medieval. Literalmente de tirar o fôlego! Celina e Ari equilibrando-se nas pedras.
Eu e Catarina fomos as únicas do nosso grupo que tivemos coragem de subir no farol. Aproveitamos e pedimos a um turista belga para tirar nossa fotografia. A beleza da paisagem vale a pena os 10 andares.
As janelas são blindadas e fechadas, somente escadas e um tanto apertadas em uma construção que se parece com filme épico. Este foi um dia lugar que serviu de olheiro para evitar a invasão de outros países. Quem for claustrofóbico não aconselho subir. Só consegui chegar ao topo em quinze minutos, mas a vista é imperdível.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Até mais vê!

Caros amigos e leitores,
Ficarei longe por um tempo à procura de novos horizontes. Vou me reciclar. Vou sorrir. Talvez chorar. Vou me renovar, me deixar levar e muito me emocionar. Mas também refletir. Vou me entregar por inteira! Vou cuidar da minha maior empresa: eu mesma.
Fiquem com Deus.
Até breve!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

da exclusão..

Não liga não, meu filho! Ele só quer crescer para ser maior de tudo que o faz sentir pequeno!

domingo, 16 de setembro de 2007

do DESASSOSSEGO..

Pintura de Edward Burne-Jones Esta aí cabisbaixa, abatida, humilhada, sou eu. A vida pesa sobre minhas costas e hoje estou assim da mesma forma que essa moça da imagem. Quedo-me desolada, sem ânimo e crença que o bem algum dia reinará. Assim me faço agora. Ontem foi um dia de cão!! Três bandidos entraram na casa da minha irmã gêmea e engatilharam um revólver cheio de balas em sua nuca e na cabeça do meu cunhado. Exigiam dinheiro e jóias. Oprimiram, desdenharam, ofenderam, aterrorizaram.. chamavam Celina e Ari de "vagabundos". Gente! Como é que malfeitores filhos da puta se acham no direito de berrar para cidadãos que ralam dia após dia que estes são vagabundos!? Arrogantes soberbos gritavam pelo que queriam, e se não tivesse corrós profetizaram apagar todos. Bradaram enlouquecidos por dinheiro afirmando veementes que numa mansão daquelas teria muito dindin! Eles queriam "Real" e pediam muitos e todos, mas o único dinheiro que tinha na casa eram Euros; estes seriam da viagem que faremos esta semana que vem. Quase levaram Celina com eles, mas ela teve tato e inteligência emocional para demovê-los da idéia. Trabalhou -nos instantes intermináveis- seu equilíbrio lidando com aqueles demônios drogados. Já o meu cunhado suplicou de braços abertos que levassem tudo, e num misto de desespero e cólera desafiou os bandidos: disse que podiam matá-lo, mas que poupassem sua família. Foi comovente e aflitivo o dia de ontem, só em escrever todo este episódio me contorso de ânsia, raiva e prantos. Revolta é pouco para exprimir o que sinto ao contar este fato! A graça de tudo, se é que existe, é a de que todos os meus saíram ilesos fisicamente. Levaram os Euros e também o Peugeot da Nath, minha sobrinha. Todavia muito mais que isso se foi: nossa paz, nossa diginidade e a fé na natureza humana.

sábado, 15 de setembro de 2007

QUEM SE IMPORTA?

ELE É OITO OU OITENTA E OITO.
O HUMOR SULFÚRICO. A VIDA DO AVESSO. A VONTADE DE VENCER. DORME EM HORÁRIOS TROCADOS. TEM CRISES DE RAIVA E RISO.
DE FORTALEZA E FRAQUEZA.
LAMBE AS FERIDAS.
ALIMENTA-SE DELAS.
E SE ESCONDE ATRÁS DA DOR.
E QUEIMA E ROSNA E TOSSE E GEME.
E ME COMOVE DEMAIS.
ME DEIXA COESA COM SUA AFLIÇÃO.
E POR VEZES SEM COMPAIXÃO.
MAS ELE TEM A PALAVRA ENGATILHADA. UMA ANGÚSTIA ACORRENTADA. TÊM OLHOS DE CHUVA. E CHORA E RI FÁCIL.
SE ALEGRA E CONTAGIA.
DEPOIS SE IRRITA E MAGOA.
E COMPRA O MUNDO COM O CARTÃO DE CRÉDITO.
ELE FALA SEM PARAR.
DEPOIS SE ESQUIVA DE OUVIR. TEM UM TURBILHÃO DE SENTIMENTOS. GARGALAHADAS REPRIMIDAS. ALTIVO SE EXILA NUM CANTO DA VIDA. E GRITA E RESMUNGA. DIZ-SE OPACO MAS DENTRO EXISTE UM COLORIDO RARO. TEM A SINCERIDADE RISCANDO O CÉU. UM DESESPERO SÓ DELE. UM MUNDO SÓ DELE. A ALMA ESFARRAPADA. A ESPERANÇA RENOVADA.
UM NOVO SOL TODA MANHÃ.
MAS GOSTA DO NEGRUME DA NOITE. ELE TEM ALTOS E BAIXOS. IDAS E VINDAS. UM COMPUTADOR DESORGANIZADO. A ALCOVA ÁCIDA. UM FUTURO A ESPERAR-LHE. OS SENTIMENTOS NA RETINA. ELE SE VESTE DE MÁSCARAS. ACREDITA NO QUE CRIA. APAGA O TÉDIO E DEPOIS SE ENTEDIA. E BEIJA NA BOCA DA ALEGRIA. E QUER IR EMBORA DA CIDADE, DE CASA E DO PAÍS. E SENTE O AMARGO DA MELANCOLIA. ATÉ ESQUECE QUE ESTÁ VIVO. MAS SE DÁ CONTA QUANDO CONTENTE OU IRADO. ELE TEM A LÍNGUA LIVRE DE PAPAS. E UMA DOR POR TRÁS DO OLHAR. E SE FAZ INDIFERENTE SOBRE TUDO E TODOS. E NEM SABE O PORQUÊ. ELE BRINCA DE SER FELIZ. E DIZ QUE SERÁ PRÓSPERO.
E UM DIA SERÁ…

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

das lições..

Começaram incompatíveis. Ela sôfrega, ele devagar quase parando. Sem acordo., o ardor contra a fleuma. Ele sabia que ela não era das mais cautelosas, bebia a cerveja quente; a mesma que ele deixava congelar. Os detalhes dele impacientavam as batidas do coração dela. Ela engolia as sílabas que ele soletrava. E na lentidão ele acelerava o compasso dela. Estavam na contrapartida do amor. Mas amavam-se! Porém não enxergavam tal deficiência. Um belo dia o Destino percebendo tanta ignorância resolveu dar uma 'mãozinha'. Pediu para a pedagógica Vida lhes presentear o Conhecimento. As faces da moeda nunca se encontram, e eles também aos poucos se perdiam um do outro. Na mesma noite sonharam o mesmo sonho e receberam então uma oferenda. E disse então o Equilíbrio: “saibais o que vos querem, identificais o que não vos querem, especialmente o que dizeis a palavra Sabedoria; o quão bom para um, quão bom para o outro.”

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

da certeza da vida..

Mas o que é o fim senão a decorrência do começo? Tão natural e tão brutal na mesma medida: nascer é agressivo; morrer é o inexorável humilhante. É a existência se fazendo soberana. A vida termina ali, na separação simbiótica entre mãe e filho, e é doloroso para o bebê. Nascer é a arbitrariedade da contigência do parto. E quando finda a luz para morrer-se ocorre o abuso do poder. A morte é um fdp esqueleto armado com uma foice gigante. Ninguém quer morrer jovem. Morrer não faz contente. Convenhamos! Sem alternativas. Morrer é uma lástima! Mas todo começo tem seu fim. Nascer e morrer. Onde acaba o fim?
F I M

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Porquê?

Assim te amei. Peito aberto. Às avessas. Com lágrimas. Com altos e baixos. Rosto franco. Sorrindo-te. Olhar direto. Consciência declarada. Mãos nuas. Alma despida. Sem joguetes. Sem frescura. Sem pudores. Verdade erguida. Rosário entre os dedos. Mãos postas. Velas acesas. Com coragem. Com pedidos. Incrédula. Crente. De joelhos. Agradecendo-te. Injuriando-te. Louvando-te. Culpando-te. Sem escrúpulos. De toda forma. E por que tu nunca apareceste no meu jardim? Por que tu estás cada vez mais inacessível a mim? Então senão dizes-me: Porquê?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

dos pequenos instantes..

A soma de todos os momentos é a vida..
.. e a vida nada mais é que uma alegórica obra de arte.

Eu

Simplesmente Selena