sexta-feira, 28 de setembro de 2007

das paisagens belas..

A beleza que está para além das palavras. Estamos no alto a adimirar o mar. Sem comentários!
Esta cidadezinha é um paraíso! Se chama Fisterra-Espanha, e têm quase seis mil habitantes. Finisterre ou Fisterre é também conhecida como o fim da terra, na geografia termina a terra para começar o mar. Mais do que conhecer, gosto de observar as coisas, caminho pelos lugares observando tudo, desde um galho seco esquecido na areia ou mesmo o cheiro e as cores. Esta viagem será transformadora em nossas vidas. Eis um dos casais que nos acompanham nesta empreitada: Geanny e Lisandro.
Estamos subindo a montanha de 147 metros acima do nível do mar. São 3 km de subida (fomos de carro). O lugar é pitoresco e místico; emblemático para os peregrinos que fazem a rota de Santiago. A 86 km de Santiago de Compostela, Fisterra se localiza na costa galega e tem uma paisagem que me lembrou a Costa Amalfitana, região da Itália. De uma beleza desconsertante!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Momento ímpar em La Coruña-Es

Em cima de uma colina a fortaleza nos mostra toda sua grandosidade, a Torre de Hércules é um farol de mais de 2.000 mil anos e ainda em atividade. Nada mais nada menos que 234 degraus em um monumento medieval. Literalmente de tirar o fôlego! Celina e Ari equilibrando-se nas pedras.
Eu e Catarina fomos as únicas do nosso grupo que tivemos coragem de subir no farol. Aproveitamos e pedimos a um turista belga para tirar nossa fotografia. A beleza da paisagem vale a pena os 10 andares.
As janelas são blindadas e fechadas, somente escadas e um tanto apertadas em uma construção que se parece com filme épico. Este foi um dia lugar que serviu de olheiro para evitar a invasão de outros países. Quem for claustrofóbico não aconselho subir. Só consegui chegar ao topo em quinze minutos, mas a vista é imperdível.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Até mais vê!

Caros amigos e leitores,
Ficarei longe por um tempo à procura de novos horizontes. Vou me reciclar. Vou sorrir. Talvez chorar. Vou me renovar, me deixar levar e muito me emocionar. Mas também refletir. Vou me entregar por inteira! Vou cuidar da minha maior empresa: eu mesma.
Fiquem com Deus.
Até breve!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

da exclusão..

Não liga não, meu filho! Ele só quer crescer para ser maior de tudo que o faz sentir pequeno!

domingo, 16 de setembro de 2007

do DESASSOSSEGO..

Pintura de Edward Burne-Jones Esta aí cabisbaixa, abatida, humilhada, sou eu. A vida pesa sobre minhas costas e hoje estou assim da mesma forma que essa moça da imagem. Quedo-me desolada, sem ânimo e crença que o bem algum dia reinará. Assim me faço agora. Ontem foi um dia de cão!! Três bandidos entraram na casa da minha irmã gêmea e engatilharam um revólver cheio de balas em sua nuca e na cabeça do meu cunhado. Exigiam dinheiro e jóias. Oprimiram, desdenharam, ofenderam, aterrorizaram.. chamavam Celina e Ari de "vagabundos". Gente! Como é que malfeitores filhos da puta se acham no direito de berrar para cidadãos que ralam dia após dia que estes são vagabundos!? Arrogantes soberbos gritavam pelo que queriam, e se não tivesse corrós profetizaram apagar todos. Bradaram enlouquecidos por dinheiro afirmando veementes que numa mansão daquelas teria muito dindin! Eles queriam "Real" e pediam muitos e todos, mas o único dinheiro que tinha na casa eram Euros; estes seriam da viagem que faremos esta semana que vem. Quase levaram Celina com eles, mas ela teve tato e inteligência emocional para demovê-los da idéia. Trabalhou -nos instantes intermináveis- seu equilíbrio lidando com aqueles demônios drogados. Já o meu cunhado suplicou de braços abertos que levassem tudo, e num misto de desespero e cólera desafiou os bandidos: disse que podiam matá-lo, mas que poupassem sua família. Foi comovente e aflitivo o dia de ontem, só em escrever todo este episódio me contorso de ânsia, raiva e prantos. Revolta é pouco para exprimir o que sinto ao contar este fato! A graça de tudo, se é que existe, é a de que todos os meus saíram ilesos fisicamente. Levaram os Euros e também o Peugeot da Nath, minha sobrinha. Todavia muito mais que isso se foi: nossa paz, nossa diginidade e a fé na natureza humana.

sábado, 15 de setembro de 2007

QUEM SE IMPORTA?

ELE É OITO OU OITENTA E OITO.
O HUMOR SULFÚRICO. A VIDA DO AVESSO. A VONTADE DE VENCER. DORME EM HORÁRIOS TROCADOS. TEM CRISES DE RAIVA E RISO.
DE FORTALEZA E FRAQUEZA.
LAMBE AS FERIDAS.
ALIMENTA-SE DELAS.
E SE ESCONDE ATRÁS DA DOR.
E QUEIMA E ROSNA E TOSSE E GEME.
E ME COMOVE DEMAIS.
ME DEIXA COESA COM SUA AFLIÇÃO.
E POR VEZES SEM COMPAIXÃO.
MAS ELE TEM A PALAVRA ENGATILHADA. UMA ANGÚSTIA ACORRENTADA. TÊM OLHOS DE CHUVA. E CHORA E RI FÁCIL.
SE ALEGRA E CONTAGIA.
DEPOIS SE IRRITA E MAGOA.
E COMPRA O MUNDO COM O CARTÃO DE CRÉDITO.
ELE FALA SEM PARAR.
DEPOIS SE ESQUIVA DE OUVIR. TEM UM TURBILHÃO DE SENTIMENTOS. GARGALAHADAS REPRIMIDAS. ALTIVO SE EXILA NUM CANTO DA VIDA. E GRITA E RESMUNGA. DIZ-SE OPACO MAS DENTRO EXISTE UM COLORIDO RARO. TEM A SINCERIDADE RISCANDO O CÉU. UM DESESPERO SÓ DELE. UM MUNDO SÓ DELE. A ALMA ESFARRAPADA. A ESPERANÇA RENOVADA.
UM NOVO SOL TODA MANHÃ.
MAS GOSTA DO NEGRUME DA NOITE. ELE TEM ALTOS E BAIXOS. IDAS E VINDAS. UM COMPUTADOR DESORGANIZADO. A ALCOVA ÁCIDA. UM FUTURO A ESPERAR-LHE. OS SENTIMENTOS NA RETINA. ELE SE VESTE DE MÁSCARAS. ACREDITA NO QUE CRIA. APAGA O TÉDIO E DEPOIS SE ENTEDIA. E BEIJA NA BOCA DA ALEGRIA. E QUER IR EMBORA DA CIDADE, DE CASA E DO PAÍS. E SENTE O AMARGO DA MELANCOLIA. ATÉ ESQUECE QUE ESTÁ VIVO. MAS SE DÁ CONTA QUANDO CONTENTE OU IRADO. ELE TEM A LÍNGUA LIVRE DE PAPAS. E UMA DOR POR TRÁS DO OLHAR. E SE FAZ INDIFERENTE SOBRE TUDO E TODOS. E NEM SABE O PORQUÊ. ELE BRINCA DE SER FELIZ. E DIZ QUE SERÁ PRÓSPERO.
E UM DIA SERÁ…

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

das lições..

Começaram incompatíveis. Ela sôfrega, ele devagar quase parando. Sem acordo., o ardor contra a fleuma. Ele sabia que ela não era das mais cautelosas, bebia a cerveja quente; a mesma que ele deixava congelar. Os detalhes dele impacientavam as batidas do coração dela. Ela engolia as sílabas que ele soletrava. E na lentidão ele acelerava o compasso dela. Estavam na contrapartida do amor. Mas amavam-se! Porém não enxergavam tal deficiência. Um belo dia o Destino percebendo tanta ignorância resolveu dar uma 'mãozinha'. Pediu para a pedagógica Vida lhes presentear o Conhecimento. As faces da moeda nunca se encontram, e eles também aos poucos se perdiam um do outro. Na mesma noite sonharam o mesmo sonho e receberam então uma oferenda. E disse então o Equilíbrio: “saibais o que vos querem, identificais o que não vos querem, especialmente o que dizeis a palavra Sabedoria; o quão bom para um, quão bom para o outro.”

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

da certeza da vida..

Mas o que é o fim senão a decorrência do começo? Tão natural e tão brutal na mesma medida: nascer é agressivo; morrer é o inexorável humilhante. É a existência se fazendo soberana. A vida termina ali, na separação simbiótica entre mãe e filho, e é doloroso para o bebê. Nascer é a arbitrariedade da contigência do parto. E quando finda a luz para morrer-se ocorre o abuso do poder. A morte é um fdp esqueleto armado com uma foice gigante. Ninguém quer morrer jovem. Morrer não faz contente. Convenhamos! Sem alternativas. Morrer é uma lástima! Mas todo começo tem seu fim. Nascer e morrer. Onde acaba o fim?
F I M

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Porquê?

Assim te amei. Peito aberto. Às avessas. Com lágrimas. Com altos e baixos. Rosto franco. Sorrindo-te. Olhar direto. Consciência declarada. Mãos nuas. Alma despida. Sem joguetes. Sem frescura. Sem pudores. Verdade erguida. Rosário entre os dedos. Mãos postas. Velas acesas. Com coragem. Com pedidos. Incrédula. Crente. De joelhos. Agradecendo-te. Injuriando-te. Louvando-te. Culpando-te. Sem escrúpulos. De toda forma. E por que tu nunca apareceste no meu jardim? Por que tu estás cada vez mais inacessível a mim? Então senão dizes-me: Porquê?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

dos pequenos instantes..

A soma de todos os momentos é a vida..
.. e a vida nada mais é que uma alegórica obra de arte.

sábado, 8 de setembro de 2007

das alianças..

Fotografia: Laza-GalíciaHarmoniza-se com a delicada natureza
A árvore altiva
Frutas, cores e sabores
O hino da noite
O colibri beijando a flor
O céu pintado de violeta
A manhã nascendo de sorriso escancarado
O agreste das matas
A explosão das flores
O riso de uma criança
A aspiração dos poetas

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Confesso-te..

Confesso-te, querido. Altiva, esnobe, frígida e quase arrogante: eu sou. Não me rastejo. Às vezes egoísta eu sou. Engulo meu umbigo. Respiro todo ar. Confesso-te, pois nalgum dia fui imbecil e tu foste débil. Naquele mesmo dia em que deixaste o céu negro. Sumiram a lua e as estrelas se abrindo a escuridão. Naquele mesmo dia em que rubras nuvens se rasgaram em meu pranto. Naquele dia que a chuva mascou minha alma. E que meu choro lavou o mundo. Exatamente naquele dia tu arrancaste meu coração sem pedires licença. Nem quiseste saber como fiquei. Aonde fui parar. E o chão me mastigou, querido. Ali se alienou minha vida. Agora o que importa? Passaram-se anos. Sabes! Aquela luz improvável rosa néon abriu-se de novo. As minhas grossas lágrimas de chuva volatilizaram. Não sou mais tola, apenas uma discípula do tempo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sylvia Plath

Mulher que amava demais, ciumenta, possessiva, instável, depressiva, ressentida, deprimida, neurótica. Fala-se que era um pouco de cada coisa. Na verdade Sylvia Plath foi uma poeta atormentada, polêmica e inteligente. Considerada uma escritora completa, mas vivia à sombra do escritor e marido Ted Hughes que invejava seu talento brilhante. Ele o maior galinha, prevaricava; ela, padecia. Passional, não se conformou com as escapadas do marido, deu cabo da própria vida aos 31 anos depois de ser abandonada e trocada por outra. Curiosamente esta outra anos mais tarde viria também a se suicidar. Na terceira tentativa de pôr fim a sua vida, Sylvia, envenenou-se com gás de cozinha. Antes alimentou os filhos com leite e os protegeu no quarto abrindo as janelas para que não fossem envenenados. Em seguida trancou-se na cozinha, despediu-se com um bilhete, abriu o gás e, fim.
Espelho
Sylvia Plath
"Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos. Tudo o que vejo engulo imediatamente Do jeito que for, desembaçado de amor ou aversão. Não sou cruel, apenas verdadeiro - O olho de um pequeno deus, de quatro cantos. Na maior parte do tempo medito sobre a parede em frente. Ela é rosa, pontilhada. Já olhei para ela tanto tempo, Eu acho que ela é parte do meu coração. Mas ela oscila. Rostos e escuridão nos separam toda hora. Agora sou um lago. Uma mulher se dobra sobre mim, Buscando na minha superfície o que ela realmente é. Então ela se vira para aquelas mentirosas, as velas ou a lua. Vejo suas costas, e as reflito fielmente. Ela me recompensa com lágrimas e um agitar das mãos. Sou importante para ela. Ela vem e vai. A cada manhã é o seu rosto que substitui a escuridão. Em mim ela afogou uma menina, e em mim uma velha Se ergue em direção a ela dia após dia, como um peixe terrível"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ulalá.. liberdade.. Arriba..

Contagem regressiva. Faltam só 16 dias para eu largar meus três amores e ir ver o mundo, ou melhor, o velho mundo: Portugal, Espanha, França, Itália, Suissa, Bélgica, Áustria, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, República Tcheca; Aí vou eeeeeuu!! Vou assistir a missa do botafumeiro na Catedral de Santiago. Vou ter a síndrome de Stendhal num museu de Florença. Vou me sentar na frente do "Guernica" e morrer de tanto chorar. Vou ver a arquitetura de Gaudí, La Pedrera. Vou direto para o andar da Monalisa admirar seu sorriso contundente. Vou me banhar de arte. Vou respirar arte. Vou alimentar-me de arte. Talvez de macdonalds e de comida chinesa e de massas. Vou recarregar as baterias. Não importa, eu quero é rosetar! Vou ouvir a valsa vienense e dançar no meio da rua feito uma idiota total. Não importa. Vou ao maior cassino da Europa jogar umas pratinhas. Quem sabe eu ganho 1 mi de euros! Vou assistir Ópera. Se Deus me deixar, eu vou. Ele me governa. E eu sei disso. Por isso mesmo 'O' peço permissão para me deixar ir. Quero me abstrair do sentimento estético das coisas. E cobrir meu coração da luz do outono. Vou cantar cantar até cansar uma música flamenca. Vou a lugares medievais importar outras origens. Fica um pouco de mim e trago um pouco de lá. Que o céu seja o limite! Vou fincar pé na clorofila da Galícia e de lá partir com mais cinco pessoas queridas à vários lugares. Vou largar minha "vidinha" mais ou menos e gritar bem alto com a ajuda de um megafone: VIVA a LIBERDADE!!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Voz poderosa, sensual, explosiva e pungente...

A banda espanhola La quinta estacion está conquistando o planeta. Esta canção "Me muero" é tão dolorosa quanto bela. Vale a pena ouvir!

A mãe da compaixão

De natureza espiritual inata é criadora de uma das maiores obras assistênciais do mundo. Considerada por milhares de pessoas como a Santa dos Abraços, onde ela está pode-se saber que milhões a seguem a fim de ganhar seu abraço. Estima-se que já abraçou mais de 26 milhões de pessoas. Mata Amritanandamayi Devi ou só apenas Amma é filha de pescadores e nasceu no sul da India no ano de 1953. Fala-se que ao nascer não chorou mas esboçou um radiante sorriso, falou as primeiras palavras aos seis meses de vida, e aos dois aninhos já orava e louvava a Krishna. Desde cedo serve ao próximo e cuida de quem precisa, especialmente os mais carentes. Aos vinte anos foi reconhecida como mahatma (grande alma) passando a direcionar sua vida a uma missão: servir a humanidade despertanto o sentimento do amor e da compaixão. Através do abraço, Amma oferece sua benção por meio de darshan (presença divina) que conforta e alivia os que a procuram. Diz-se que chega a ficar vinte horas sem interrupção abraçando as pessoas que buscam seu darshan, e sem o menor sinal de cansaço.

domingo, 2 de setembro de 2007

Catedral de Santiago de Compostela

A belíssima Catedral construída sobre o sepulcro de Tiago. Situa-se no coração da cidade e tem fachada barroca. Sua construção começou em 1075, terminando mais ou menos cem anos depois.

sábado, 1 de setembro de 2007

Via Láctea...

Tiago um dos doze escolhidos por Jesus nasceu na Galiléia e era conhecido como Tiago, o Maior. De personalidade forte o chamavam Filho do Trovão. Era filho de Zebedeu e Salomé e irmão mais novo de João Evangelista, tendo os dois participado dos momentos mais importantes da vida de Cristo. Foi o primeiro Bispo de Jerusalém e depois da morte de Cristo foi pregar na Espanha. Em 44 d.c foi também o primeiro apóstolo a ser martirizado. Ao voltar para sua terra foi preso e decapitado a mando de Herodes, o rei. Depois de morto jogaram seu corpo para fora das muralhas de Jerusalém. Teodoro e Atanásio, dois de seus discípulos recolheram seu cadáver e levaram num barco de pedra guiado por anjos numa viagem que durou sete dias. Na Galícia foi enterrado em um bosque por nome Libredón. Durante a Idade Média pelo século XIII da era cristã, um eremita observou uma luminosidade que ocorria naquele local: uma maravilhosa chuva de estrelas caía no bosque todas as noites. Escavado o lugar encontraram uma arca de mármore com os ossos do apóstolo Tiago. Lá mesmo sobre a tumba se erguia a imensa Catedral de Compostela e uma cidade em volta; hoje palco da 3° maior rota de peregrinação cristã, caminho feito por muita gente como: Carlos Magno, El Cid, São Franciso de Assis entre outros famosos e anônimos. Até hoje a Catedral guarda em uma urna de prata os restos mortais do apóstolo Tiago.
Imagem: Rembrandt, São Tiago

Eu

Simplesmente Selena