sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Confesso-te..

Confesso-te, querido. Altiva, esnobe, frígida e quase arrogante: eu sou. Não me rastejo. Às vezes egoísta eu sou. Engulo meu umbigo. Respiro todo ar. Confesso-te, pois nalgum dia fui imbecil e tu foste débil. Naquele mesmo dia em que deixaste o céu negro. Sumiram a lua e as estrelas se abrindo a escuridão. Naquele mesmo dia em que rubras nuvens se rasgaram em meu pranto. Naquele dia que a chuva mascou minha alma. E que meu choro lavou o mundo. Exatamente naquele dia tu arrancaste meu coração sem pedires licença. Nem quiseste saber como fiquei. Aonde fui parar. E o chão me mastigou, querido. Ali se alienou minha vida. Agora o que importa? Passaram-se anos. Sabes! Aquela luz improvável rosa néon abriu-se de novo. As minhas grossas lágrimas de chuva volatilizaram. Não sou mais tola, apenas uma discípula do tempo.

5 comentários:

  1. Q confissao linda... profunda, tocante, emocionante...
    me fez chorar...
    Hoje to emocionada d+
    Beijooo.
    Eminha

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  2. Oi Selena!!!! Você tem um grande talento na escrita. Parabéns!Um beijão. Meg.

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  3. belo Belo belo.
    Como escreves bem, mimha irmã!

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Deixe o seu soninho que assim que o sol se levantar lerei com carinho.

Eu

Simplesmente Selena