Confesso-te, querido. Altiva, esnobe, frígida e quase arrogante: eu sou. Não me rastejo. Às vezes egoísta eu sou. Engulo meu umbigo. Respiro todo ar. Confesso-te, pois nalgum dia fui imbecil e tu foste débil. Naquele mesmo dia em que deixaste o céu negro. Sumiram a lua e as estrelas se abrindo a escuridão. Naquele mesmo dia em que rubras nuvens se rasgaram em meu pranto. Naquele dia que a chuva mascou minha alma. E que meu choro lavou o mundo. Exatamente naquele dia tu arrancaste meu coração sem pedires licença. Nem quiseste saber como fiquei. Aonde fui parar. E o chão me mastigou, querido. Ali se alienou minha vida. Agora o que importa? Passaram-se anos. Sabes! Aquela luz improvável rosa néon abriu-se de novo. As minhas grossas lágrimas de chuva volatilizaram. Não sou mais tola, apenas uma discípula do tempo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
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Q confissao linda... profunda, tocante, emocionante...
ResponderExcluirme fez chorar...
Hoje to emocionada d+
Beijooo.
Eminha
Vamos ver agora se aparece..
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Selena!!!! Você tem um grande talento na escrita. Parabéns!Um beijão. Meg.
ResponderExcluirbelo Belo belo.
ResponderExcluirComo escreves bem, mimha irmã!