quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

desejar o bom e agradecer o bem... e nada mais além...

A meus filhos,

meu marido,

e minha grande família

Pq senti que Deus mandaria vocês para mim...

Pq tenho seus sorrisos na curva das minhas mãos...

Pq tenho suas vozes amplificadas, perdidas e achadas aqui dentro...

Pq olhar pra vocês me alarga a vida...

Pq tocar vocês me enche de esperança...

Pq vocês bebem minhas lágrimas...

Pq é por vocês que consegui enxergar minha cegueira...

Pq eu sou só saudade e nada mais...

Pq também eu sou bem-querer e tudo mais...

Pq ficarei por aqui na mesma diferente caminhada...

Pq hoje minha calma transpassa meu coração...

Pq minhas urgências são desnecessárias...

Pq essa sensação de finitude tem uma linha sutil...

Pq 2009 promete recomeço e acertos...

Pq todas as palavras que ainda me prendem, eu as devoro...

Pq a fé não será minha contramão...

Pq a esperança e a confiança serão a minha direção...

Pq nossos laços jamais se afrouxam...

Pq essa completude vem do cosmo...

Pq o que é cósmico foge a nossa compreensão...

Pq basta viver...

Pq eu não tenho medo de gritar o verbo...

AMO todos voces...

eu amo...
eu amo...
eu amo...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Boas Festas...

O Natal é por um lado uma celebração religiosa, mas também a época do ano em que deixo um pouco de lado as preocupações do dia a dia... pra reavivar meu espírito de solidariedade, pra reorganizar meu caos interior, pra sorrir ao outro, pra renascer minhas boas ações, pra ser mais compreensiva, pra entender mais e melhor que essa data precisa ser exercitada no decorrer do ano que se renova... Na afetividade aos meus familiares e meu semelhante... pra fazer chegar a todos que amo, os meus melhores desejos.
Feliz Natal

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

expressando emoções...

Quando me lanço em um texto, agrada-me construir figuras de linguagem, sinto que a escrita enriquece e se torna leve e afetiva. Deslizo no papel contando algo a partir de representações que desenho com palavras. Gosto muito de trabalhar com o sentido figurado das coisas. Dou forma ao eu lírico do qual posso exprimir na simples frase: O brilho da vida às vezes se encobre nos pormenores... (a frase é minha). A mesma calha ao que desejo imprimir, ao esplendor e a alegria esfuziante de viver, mas, também, aos contratempos e desenganos. Sentidos contraditórios que envolvem ser e estar e suas implicações. De um lado a luz; do outro a opacidade. Mas o mais interessante é que, além de usar na escrita essa forma de empregar a linguagem, não raro a uso na comunicação coloquial, a falada em meu cotidiano. Sempre me pego metaforizando e criando imagens. Acho elegante. Valoriza o que escrevo ou digo, embora tenha todo um charme essas ditas cujas. Faz parte de mim.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Modelo de amor ou fruto da imaginação?

Romeu e Julieta, o sentimento sublime do amor maior não concretizado em sua última instância: casar, constituir família, ter filhos, netos e envelhecer juntos. Por esse motivo tal amor esteja substantivado em nossa memória há séculos sem fim como perfeito. Eles morreram sem passar pelos perrengues, não tiveram tempo de vivenciar o prazer, ou se amargurar das desilusões do relacionamento a dois. Nem Romeu nem Julieta se estressaram ou deixaram a desejar um com o outro. Também não foram infiéis e nem administraram a relação. Não cuidaram de filhos doentes, nem passaram noites em claro a esperar um dos amados. Também não cortaram dobrados com filhos aborrecentes. Romeu nunca ficou de frente pra TV, assistindo futebol e fazendo “alterocopismo”. Julieta não teve tempo de engordar e perder a bela forma física. Esse foi e será para sempre o amor surreal que nunca tirou as devidas lições. Não tiveram tempo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

S A L G A D A S

Lágrimas pulam em meu rosto feito brasas. Do direito postulado de vazar minha dor.
Lágrimas caem de mim em doces beijos. Da alegria que me aquieta e me define.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

a poesia da vida...

Ah! Apetece-me vaguear, contemplar a cortina violeta do céu que cora, que conduz o lusco-fusco da tarde, onde acendem as luzes da cidade e as de Natal. Crianças brincam na rua, os transeuntes visitam as praças, os solitários vagueiam, os apaixonados se afogam de vinho, os aflitos dobram os joelhos ao fim do dia, as igrejas pregam a verdade, os restaurantes se preparam para receber os clientes, a noite recomeça... À hora em que pessoas voltam do trabalho para suas casas, em que o habitual regressa, onde todos se encontram para o jantar. Aconchego e calor. Lar. Família. Filhos. Valores. Cuidar dessa instituição. Dividir para somar. Dialogar... contar o dia ao outro... encontro e abraço. Do cotidiano. Vulgar. Repetidas vezes, mas nunca iguais... da imprevisibilidade e da esperança... da afetividade fecunda no riso santificado. Das bênçãos. Da manifestação genuína do amor em busca de consciência e liberdade de cada um. Do respeito às diferenças. Do bem para o bem... é simples... e é tanto...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A maior humilhação da Criação

Em qual dimensão compartilhamos nosso olhar do olhar de quem sabe o pouco tempo que tem? Espaço? Momentos? Destino? Talvez não exista a distância, mas apenas o silêncio. Emudecidos e solitários os olhares se cruzam. Um que atravessará o túnel; outro que entornará.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

V I E S T E

Meus sentidos ficaram espertos porque chegaste. E como quem não quer nada, deste teu recado. Faltou energia, a casa ficou do jeitinho que eu gosto: escura e envolvida pelo azul elétrico. Vieste calada e a fórceps. Pausada e avassaladora. Sorrindo com o vento e cantando pra mim. Daquela mesma maneira sequiosa que tanto te esperei quando menina, e que o dia seguinte tinha cor de limpeza. Vieste brava e alegre. A pisar o telhado, a invadir a janela e me cuspir a cara. Vieste porque tanto gritei por ti. Porque tudo tem tempo e hora. Vieste. Com a explosão e a força da natureza que me faz viva. E então... Imperativa. Cheirosa. Caudalosa. Renovada... Vieste.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

S E I V A

a paixão. louca. a boca. escarlate. sedenta. no falo.

sábado, 22 de novembro de 2008

do amor ao ódio; da resignação à LUZ...

No princípio quem sempre aplaudiu foi eu. Fui alegre e triste e depois fui de novo alegre e triste. Doação sem condições. Dor? Das mais cortantes. Saudade? Moeu os ossos da alma, das coisas vividas e das não vividas. Afeto? Dos afetos sou, afetuosa me refaço.
Já chorei tanto que queimou a pele do meu rosto. Ridiculamente possessiva um dia fui. Intensamente lasciva, também fui. Fui paixão tirana e vaporizei meu eu. Escancarei gargalhada de faltar o fôlego dentro da boca dele. Também já beirei o precipício e fui tragada anti-o-vácuo.
O verbo bradei aos quatro cantos a explodir meus pulmões que de amor não me cabia IMENSO... Imediatismo era minha vã filosofia, dei com os burros n'água e o Caos me harmonizou. Hoje sou feita da paciência. Da espera. Do sereno.
Quem sempre fez festa pra ele e por ironia do destino a derradeira, a saber, fui eu. Fui rumo, desvio e cólera. Fui âncora, choro e ritmo. Fui a bendita e a desdita. A santa e a puta. Fui personagens dos livros que li. Dos filmes e novelas que assisti. De tudo que observei. De tudo que vivi. De tudo que ri.
Fui a explosão da escrita, da voz e do silêncio. Da traição que sangrou, e do perdão que coagulou. Ora sensibilidade, ora pedra. Sangria e homeostasia. Padecimento e prazer. De tudo um pouco. Do sentimento requentado e absolvido. Revelado a si.... revela-se. E esta que vos fala, com dor e analgesia, ora perdida, ora encontrada, ainda sou eu...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Amor está no AR ! ! ! ! ! ! ! !

John Paul Yong - Love Is In The Air Bateu-me hoje aquela vontadezinha de cantar aos quatro ventos essa música...

O poder das mãos...

Fotografia: Praia do Espinho, Porto - PortugalDas mãos que: observam-se, preparam-se, comprometem-se, unem-se, confessam-se, perdoam-se, libertam-se, contemplam-se, consagram-se... Escrevem o amor...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Seu Santo Nome está gravado na palma de tuas mãos

Porque todas as vezes que juntas as mãos é para abençoar as coisas que Deus te presenteou: a vida, a saúde, a luz, a fé, a família, a natureza, a gratidão...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Meu filho Pedro...

Que tem o coração do tamanho do universo
Que alegra a casa
Que faz a diferença em minha vida
Que faz do meu mundo poesia
Que planta uma árvore e nunca esquece de regar
Que me faz viva
Que me eleva para perto de Deus
Que aconchego em meus braços, mas cresce a cada instante
Que ontem foi meu bebê, hoje é um rapazinho, mas ainda é o mesmo
Que desliza entre meus dedos e recua em seguida
Que me liberta, me aprisiona, mas renasce em mim
Que mostro o caminho do bem
Que me amadurece setenta vezes
Que me torna uma pessoa melhor
Que me ensina a ser tudo
Que nunca me faz desistir

Que daqui uns dias será dos braços do mundo
Que há quatorze anos me dá a sensação indescritível de ouvir a palavra: Mãe.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Que baixe em mim a Samantha ! ! !

Sexta-feira. Dia de faxina braba. É o que minha casa precisa há um punhado de dias. Daquelas de aspirar o pó da parede e espremer o assoalho, com água, sabão e alvejante. Bem, eu poderia mentir aqui pra vocês se dissesse que adoro dançar com a fregona no chão da casa, ora pois, não animo não; porém, se for ouvindo uma boa música até que dá pra enfrentar a labuta.
Quando se trata do cheirinho de limpeza se espalhando pelo ar, aí sim, desce a ínfima coragem de encarar a sujeira de frente. Mas, também, é nesse momento que me lembro da Feiticeira, uma das minhas prediletas da infância. Ela era educada, linda, elegante e bondosa. Tinha super-poderes, um casamento perfeito, filhos perfeitos, mas ainda assim tocava a vida como uma reles mortal. Claro, que Endora - sua mãe, fazia as tantas bruxarias para minar seu casamento, mas neste campo o amor sempre falou mais alto.
Eu adorava imitá-la quando torcia o nariz para desfazer algum feitiço ruim de sua aloprada mãe. Ah, meus amigos!, quando menina, juro que tentei aprender aquele charmoso gesto a qualquer custo. Imaginem! Em questões de segundos, torcer a boca e o nariz e consertar algumas coisas das nossas vidas: as mal feitas, as não feitas e as feitas da forma errada. No entanto, nenhum feitiço é melhor que o tempo rei. E os clichês? Servirão para colorir o feitiço que é viver.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

das sombras...

Logo nos primeiros anos, descobri nele algo em que eu não conseguia alcançar, uma certa reserva, uma alma fechada à mim. Sua bolha silenciosa me dizia: "Só até esta linha, meu amor, não mais. Aqui, sou só eu, não cabe você...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Vou ali na esquina, talvez não me demore...

Apetece-me este meu e vosso espaço. Desde um bom tempo mantive esta tribuna cada dia mais viva, no entanto, poderia excluir este blog com apenas um click e depois me arrepender perdidamente. Uma das tantas mulheres que há em mim quer por fim de vez; a outra quer ficar por aqui observando a vida. Conversei com elas e decidimos então pelo equilíbrio. É que, para esse momento, sinto-me desmotivada. Gosto de sangrar a palavra, de sobrenadar a deixa, de esvoaçar as letras! Mas, com pressão e sem paixão não tem graça. E em verdade vos digo: meu saco encheu. Para escrever tem que fluir, e eu estou chateada com esse mundo, sabe?! Esse lugar aqui não serve mais pra criar gente não! Nesse caso, voltarei quando sentir prazer. Quanto tempo? Ah!, não sei... o tempo necessário em que viajarei um pouco: para dentro de mim.

Obrigada aos que por aqui passaram...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tragédia em Santo André: GLAMOURIZÁVEL ? ? ?

Chorei, chorei e chorei. O país chorou. Choramos todos. Eloá Cristina se foi... e de graça! Quem de nós será a próxima vítima? A imprensa, a polícia, os apresentadores, a mídia, o hospital, todos eles sensacionalistas. E por tabela também o somos. Dado ao drama da vida real, algo sinistro martela minha cabeça. O infortúnio da garota de quinze anos morta por um bandido desumano que se passou por ciumento possessivo, pode sim render "zilhões" do vil metal.
A menina sentenciada pelo desdito ex-namorado pagou o preço mais alto que existe, para isso sofreu mais de cem horas antes de levar dois tiros, um deles fatal. Esteve ao lado de Nayara sua amiga fiel que, quando teve a chance de sair do cárcere, voltou a pedido da polícia. E agora José? Depois desse fim lastimoso a população inconformada quer saber: o que ocorreu para o insucesso do caso? Por que demoraram tanto para minar o sequestrador "passional"? Por que a polícia pediu Nayara - que é menor de idade, voltar ao apartamento? Por que não atiraram em Lindemberg se tiveram seis chances para isso? No entanto, tantos porquês avivam nossa revolta.
Curiosos tiravam casquinhas com seus celulares. Fotos, muitas fotos da menina morta no caixão no afã de dizer "eu vi, olhem aqui!", ou até mesmo para substantivar Eloá. De toda forma, que vergonha! Se lá eu estivesse colocaria ordem na casa, gritava em um megafone àqueles abutres filadores de megapixels: foooora daquiiii seus poorras!! Filhos da puuuuta, vão se foder!!!
Eu tenho para mim que esta fatídica história pode render muito dinheiro. A família de Nayara já pede ao Estado, 2 Mi de R$. Dindin que daria para assegurar a não violência com cursos de reciclagem etc. Resta-nos esperar se a mãe de Eloá receberá a indecente proposta de vender os direitos de sua maior dor. Será que um dia assistiremos tal desgraça na telona?
Não, não pensem que sou cruel, por favor! Às vezes eu peço para Deus me salvar de mim, pois tenho uns pensamentos tresloucados. Na verdade, só estou tentando ler o jornal do mês seguinte. É que o mundo baby, é repugnante!, e está recheado de oportunismo e oportunistas, cada um querendo o seu quinhão. O tempo dirá...
Como não pude escolher o lugar que nasci, vou lagarteando nesse país cheio de hipocrisia e "jeitinho brasileiro". Não é culpa minha nem sua. Entretanto, nossa cultura, legada, passada, repassada e requentada por mais de quinhentos anos faz jus ao velho ditado: "A cultura de um povo não se muda".

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Feliz aniversário Mamãe ! ! !

Maria das Dôres Ferreira: É Mãe, avó, bisavó. Mas antes de tudo é uma mulher apaixonada pela vida... e como ela mesmo diz: "Viver é bom demais!"
Há sentimentos que jamais acabarão pelo simples fato de ser mais forte que a vida! Porque o verbo se faz presente em todos os que te amam, porque do verbo nos alimentamos, porque do verbo vivemos para ti, porque nossos olhos se iluminam ao te olhar, porque nossos lábios sorriem ao te beijar...

Porque exatamente hoje, no teu dia, o céu está maravilhosamente azul... porque rigorosamente hoje nada aborrece, porque extraordinariamente hoje paira a absoluta serenidade no ar... porque vale as emoções sonhar, porque em ti sempre vamos habitar... porque esta minha verborragia - consoante - é para dizer que muitos anos ainda iremos comemorar... Porque assim Deus vai nos brindar...

São os desejos de teus filhos: Osmar, Gracinha, Lurdinha, Antonio, Socorro, Otaviano, Ceiça, Desterro, Eveline, Celina e Celene.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Meu adorável núcleo familiar...

Sorri!
Não por convenção nem por educação. Nem por graça ou falta dela.
Sorri!
Um sorriso involuntário, quase que orgânico.
Foi sorriso protetor. Foi sorriso anti-corpus.
Foi sorriso salvador.
Foi sorriso triunfante sobre o vírus da tristeza.
Apenas sorri...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

da inevitável condição de amar...

Vossos corações é uma imensa varanda: aberta, acessível, alegre, exagerada e colorida que fica no topo dos sentidos... um paraíso clarificado de luz e despertares, de encontros e desejos, de aprendizado e doação, de consciência e energia, de sabores e odores, com cheiro de vida. O sentimento do belo e o bom do inexorável.
Okay babe! Isto é o AMOR...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

S O N H O S O H N O S

Penso que minha carência está numa categoria elevadíssima. De 0 a 10 devo estar em 9,9. Vejam só! Dia desses sonhei com um amor, aliás, eram dois amores esfuziantes. Um deles era nada mais nada menos que Caetano Veloso, e com aquele ar vadio e sedutor cantava ao meu ouvido dizendo ser o “último romântico”.
O outro amor, de tão plural e imenso, cravou-me feito tatuagem. Era simbiótica nossa troca, mas ao mesmo tempo essa intensidade que transcendia também me confundia em questão de segundos. Eu não compreendia quem era eu ou ele, pois nossos corpos se misturavam em nós. Desse amor, nem às paredes confesso.
Mas para que mesmo dizer os meus intangíveis amores? Eles se vêm e se vão como um delicioso e impalpável sonho. Sonhar é bom sobremaneira!, é onde consigo voar e ser sublime... é onde encontro meu ideal de amor, todos com o perfil do homem adequado em mim, aquele que sabe amar a minha medida. No entanto, a vida real não cumpre os meus roteiros.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Se la vie...

Sabe quando há pessoas certas na vida da gente, mas que entraram no tempo errado?

E assim é a vida...

assim se dá a vida...

assim se faz a vida...

de encontros e desencontros...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Da série: V I V E R ! ! !

Ema, minha prima amada, e eu. Maracanãzinho - RJ
Da vida quero só um pouquinho. Não, não... ou também pode ser um poucão! A Saúde pra enfrentar os desarranjos do corpo. O Trabalho pra me fazer útil. O Dinheiro pra garantir dignidade a meu modesto talento perdulário. O Amor ilimitado e o conquistável. A Paixão pra me lambuzar de mel e vinho. A Harmonia pra equilibrar momentos alegres dos aborrecentes. A Sabedoria pra processar os sins e os nãos que ainda ouvirei. Bem necessariamente nessa ordem.

sábado, 11 de outubro de 2008

Por que elas não secam?

Sanguíneas lágrimas me cospem para me socorrer. Parecem sair de minha própria caixa dágua. Tenho vontade de chorar toda água do mundo. Meus sentimentos se descontrolam e o sistema límbico corresponde, libera-se em minha face num caudaloso rio quente. Mordentes, elas picam minha pele flácida. Torturam-me para desobrigar minh'alma. Meu pranto me defende do medo, da angústia e da indiferença. Estou emocional demais, choro tanto que sinto meu coração não mais agüentar. Dói, dói e dói...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

E haverá aplausos ao final...

O show ainda não acabou.. e tudo continua como deve ser. Mesmo com contratempos e alegrias eu ainda consigo transformar minha existência em um teatro ou em apenas uma película de um filme francês noir. Passam-se as horas, os dias, os anos... mas o tempo não pára. Eita frase sábia! Tento ser a mais pura e simples possível, mas se é isso o que sou, qual outra alternativa? Continuo olhando a vida de frente para fora de uma janela alta, de maneira que, meus olhos se tornam cortinas abertas para receber a luz do mundo. A luz solar. Uma luz divinal como a de ontem no lusco-fusco do qual esquentou-me no fim da tarde. Eu aqui, na casa da minha irmã SOS, em Brasília. Mas, todavia, contudo, entretanto: minha casa me espera tal gato na tapera. Devo ir para os meus, porém também desejo ficar nesse lugar que dá gôsto de estar. E o espetáculo? Ah!, este não pode parar... é a simplicidade de viver... e de vida nova que virá...
Na fotografia acima estão: minha querida sobrinha Luciara, e meu sobrinho(a)... um principezinho ou uma princesinha, a esperar que venha cheio de saúde. Amém...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

PARA LEITÃO O SENTIMENTO É DE DECEPÇÃO

Mesmo vencendo a Tailândia de 3X2, a oportunidade do time lusitano de se classificar para 2° fase do mundial de futsal acabou hoje. Mas meuamiiiigo e leitor!, sabe aquela sensação de correr, buscar, nadar e morrer afogado na praia? Bem por aiií... É assim que sinto pelos irmãos portugueses. Entonces, fui ao dicionário pesquisar a palavra conchavo e olha só o que encontrei:
CONCHAVO => Ato de conchavar; acordo; combinação; ajuste; união; conluio; mancomunação.
Quer dizer que CONCHAVAR é a mesma coisa que acomodar-se às circunstâncias. Há CONCHAVO na política, no comércio, na religião, no casamento, nas organizações, no ESPORTE e no diabo a quatro. Esta vida só existe no que diz respeito ao ganha-ganha vil que, se vende baixo, para gozar da falsa glória de si forçando a inglória de outros; mesmo que seja pelo tão famoso pacto da mentira. A tal da troca. A fraude nas competições se sobrepondo ao encontro das nações de forma honrosa, do jogar limpo, da entrega, da garra, da raça e da PAIXÃO. E, se, me alio a ti, derrubamos eles. Falta ética à humanidade. São os critérios tortuosos para um determinado fim. Falta de caráter. E porque não dizer: o lucro de um bando de filhos da puuuuta!!!!
Resta-me apenas uma única frase: A Itália entregou o jogo pro Paraguai a troco de quê? Ah! Façam-me o favor de arderem todos no fogo do inferno, seus maleditos!!! Va Fan Culo tutti!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

BSB

Ontem caiu um pé d'agua aqui em Brasília. Antes da chuva o céu tinha uma luminosidade surreal, algo como raios emitidos por Deus. Nossa Mãe!... que céu maravilhoso! Eu não resisti e saí fotografando a chuva em sua mansidão. Fui então ao 3° e último pavimento da casa - a varanda e, avistei a cidade ao longe com seus prédios, parecia uma paisagem de concreto anuviada pelo tempo fechado, mas a cor estava tão bonita que arrisquei-me ficar debaixo dos raios. Decidi visitar minha querida irmã Socorra antes da minha paragem pelo Rio, eu e Cacá, rumando à cidade maravilhosa. E choveu gostoso aqui em BSB. É que as estações se repetem durante a vida e em nós... Choveu para libertar-me. Choveu pra mim. Choveu por mim. Choveu lá fora...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CHICO: GÊNIO! ! !

Sempre estou embriagada repisando os mesmos cantores da adolescência. Caetano, Chico, Djavan, Ivan Lins, Betânia, Elis, Ney, Rita Lee, Tim Maia, Elvis, Lulu Santos e tantos outros que me embalaram em muitos momentos da minha vida. Quantas belas melodias e letras "atemporais" me esmagaram até ficar blasé. E eu gosto de sentir o que a canção fala, gosto que me moa, que me triture... já outras me enchem de alegria, de euforia, de vislumbre, então vôo aonde ela me pede... Umas se revelam a mim, outras me revelam.

Às vezes ouço tanto uma música que me transporto pra dentro dela e flutuo com a vibração, sou arrastada por ela, faço parte de cada fonema, de cada vocábulo, misturo-me à sonoridade numa simbiose acachapante. Rendo-me! Especialmente quando esse gênio é Chico Buarque, na sua poética Trocando em miúdos... e me sujeito a ser "ela", a da canção... e depois salto para ouvir o rolar de Construção. Acompanho-a guturalmente: condoída, ambiciosa, castigada...

Estou lá e cá, fora e dentro, perto e longe, a espiar a estória. Ah!, que esse Chico me encharca!!! Ouço dezenas de vezes, quero alcançar as entrelinhas... penso, repenso, confundo-me, remisturo-me, mas em seguida regresso à mim.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Porque a vida é para frente...

Algo me surpreende no passar das horas. Enquanto os ponteiros do relógio andam implacável, eu tenho a prerrogativa de legitimar minha nova anatomia. Descobri que possuo asas, as quais podem alçar vôos grandes e majestosos. Asas impossíveis de serem removidas. São minhas. São tão vitais quanto o pulsar do meu coração.
E foi com o tic-tac do relógio.., foi com o temido passar do tempo que percebi coisas que antes não percebia. E aguardo tranquilamente os dias seguirem o seu ritmo, entretanto não tenho medo. Com o tempo minhas asas crescerão e aprenderei a voar cada vez mais alto, e quem sabe um dia poder tocar o céu, mas, com os pés - sabidamente - plantados na terra.
Porque dispor de si próprio para ser feliz, gozar do direito de ser livre, ser o sujeito e o protagonista da sua própria história não tem preço.
Palloma,

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

da (des)consciência ambiental

À salvo, a única coisa boa do calor acachapante de Set, Out, Nov e Dez: o fenomenal pôr-do-sol. Somente! Fotografia tirada do meu quintal.Seria o inferno mais quente que a cidade de Teresina nos meses dos Bê-Erre-Ó-Brós? Setembro começou com força total e sem trégua: para endoidecer, cozinhar nossos miolos, abocanhar a saúde e levar o bom humor para muito, muito longe daqui. Ouvi falar que ontem a temperatura chegou aos 38°, mas que a sensação térmica era de 43°. É ou não para minar qualquer alegria?
Reclamamos do calor, do efeito estufa, dos furacões, dos terremotos, das geleiras que se derretem, do buraco negro na camada de ozônio, da natureza que tem mostrado seus sinais de fúria, mas não fazemos nada para mudar esse quadro. Somos nós – a humanidade- os poluidores do ar, do solo, da água, da flora e da fauna. Estamos alterando a ordem natural do universo com nosso desenvolvimento paradoxal.
De modo que, degenerados pela grande massa de comunicação, ou seja, o quarto poder, acatamos a vontade dos poderosos em dominar o universo. PROGRESSO, PROGRESSO, PROGRESSO!!! No entanto, esquecemos de amar o que têm de ser amado, de cuidar do que têm de ser cuidado e, de alguma forma, estimulamos a violência do homem para com o planeta e para si próprio. O caráter está coxo; a personalidade, trôpega; o gênero humano, ignorantemente perdido; a compaixão, desonrada; a vida, banalizada; a natureza, devastada por nós. Tempos apocalípticos. Ainda muitas coisas estão porvir: vai faltar água de beber, doenças voltarão, doenças que nunca ouvimos falar surgirão. O homem que aniquila a natureza. O homem que destrói o homem. Mas quem se importa?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

dos livros que nos fazem pensar...

Manter um diário on-line não é querer perfeição, mas o aperfeiçoamento de si. E é por isso que saio vomitando palavras, sensações, opiniões etc. Pois é. Terminei o livro. O da Maitê. “Uma vida inventada”. De tão confiável deslizei suavemente pela overdose de sensibilidade como solitária itinerante de águas tranquilas. Mas é vero. Este foi um dos tantos grandes livros da minha vida. Há drama? Há. Mas o senso de humor e a poesia que estão imbricados em cada linha, ampara-nos das ciladas do destino que essa mulher atravessou. De toda forma, a "menina" cresceu e virou gente grande.
A vivência da narradora era como minha segunda voz. É isso. Exatamente assim. Parecia que eu que contava pra mim mesma. Sei lá. Misturei-me à história. E, na minha fraude de leitora e narradora me joguei por inteira, fui uma espécie de áudio book - o som da minha voz martelava meus ouvidos. Tal simbiose espantosa, pensei: - estarei eu segura aqui? E não é que, uma voz veio do livro com boca e tudo e me disse: “-Segura?, muito mais que segura, então sustenta a carga mulher, você consegue; se eu consegui!”...
De modo que, a carga de cada um tem o peso que se pode carregar. Sim, é pesada... sinto-me às vezes desprotegida, e ainda assim arranco forças pra arrastar as correntes. A todos os viventes, sua própria carga. Portanto, toda sensação de fardo só me faz ter mais coragem pra tocar a vida pra frente, mesmo sendo ela finita, porque lá adiante é que batem as malas... e ainda resta-me a fé que me veste.
Sim, mas voltando ao livro da Maitê Proença. Caracoles!, é de salivar! A linguagem mesmo em algum momento na terceira pessoa, é clara e direta. Na lata. Para emudecer. Para ensinar. Para acariciar a alma. Para fazer refletir. Para divertir. Para moer. Tantas informações oferecidas de mão beijada ao leitor: um prato cheio para quem nem tanto viajou; uma mistura de romance, ficção e autobiografia. Mas enlaça nosso olhar. Prende-nos com nós invisíveis... e tritura... porque reduziu-me a pó... e saciou-me.
O livro permeia a exuberância da existência e suas atribulações pontuadas por fatalidades, mas que, no entanto, é recheado de tantos outros sentimentos. Paradoxos à parte. A comunicação é tão cheia de cor e experiências com tudo que elas implicam: se boas e se ruins; porém, se a cor que enxergamos esteja em uma página em tons de cinza, mas ao explorarmos a próxima folha, poderá literalmente explodir um arco-íris abissal.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Porque viajar é sentir, mas contá-los então, uma delícia ! ! !

Ah, meus amigos! Que de tanta simetria e formosura bate aquela vontadezinha de não partilhar convosco desse paraíso labiríntico clarificado de cultura. O cenário é pra lá de surreal, mas não vou ser egoísta, não devo, não posso. Pelo simples motivo do que desperta nossos sentidos tem de ser revelado. De toda forma, ainda gostaria que essa terra ficasse lá, quietinha, resguardada pela idade média como em uma pintura a habitar nossos sonhos... e se possível, protegida em um recanto qualquer do planeta, porém, impenetrável. E sobre uma colina misteriosa, as casinhas caiadas de branco, com aura mágica e cheiro de paz, amor e descanso.
Absolutamente, eu não ia ficar nem um pouco chateada se tivesse de me mudar para lá viver: sua paisagem indescritível, a serra, o rio Guadalquivir, o parque natural, seus bosques, as muralhas, a alva arquitetura, seu povo, o flamenco, as festividades, as ruas em ziguezague, o céu azul, a imensidão do mar, a explosão das flores festejando a primavera e o violeta do entardecer; tudo muito bem embrulhado e cheio de charme... Entretanto, a verdade é que ela existe. Pinheiros, palmeiras e buganvílias abraçam os dias dos que lá pertencem, e tão só abraçaram, um dia, o meu.
Situada ao sul da Espanha e província de Cádiz, Vejer de La Frontera, é para ser percorrida sem pressa ou compromisso. Sem se preocupar com nada, senão o de saborear calmamente a bela aldeia árabe, e assim, se enxergar passageiro em um outro momento da história. A sensação que temos é que o tempo congelou, do qual a cada passo alcançamos a fronteira do passado. E não é que tudo está lá!, em rigor, minuciosamente em seu devido lugar de tão exato. Sem nenhuma dissonância aos pormenores. Tudo tão perfeito...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um sonho realizado ! ! ! !

01/09/2008 - Leitão, jogador do Lobelle - Santiago de Compostela, foi convocado pela seleção portuguesa para o Mundial de Futsal que será realizado no Brasil em outubro deste.

Como é cidadão português, seria a chance de ser escolhido ao Mundial 2008. E não deu outra! No início deste mês, o jogador recebeu a notícia com muita alegria: seu nome estava incluído na lista dos 14 jogadores portugueses que estarão no Mundial de Futsal. Leitão, que foi fundamental na excelente campanha no último Europeu volta a figurar na lista do selecionador Orlando Duarte - técnico da seleção portuguesa, depois de estar ausente das últimas convocatórias por conta de uma lesão no adutor esquerdo, que o afastou das quadras por 3 meses.
Os portugueses têm sua apresentação programada para o dia 15 de setembro, na localidade de Paço de Arcos, onde realizarão treinamentos visando a estréia no Mundial, diante do Paraguai.
- Os 14 eleitos:
Bebe, Gonçalo, Arnaldo, Ricardinho, Pedro Costa (Benfica)
Bibi, Cristiano e João Benedito (Sporting)
Pedro Cary e Jardel (Belenenses)
Leitão (Autos Lobelle)
Israel (Burela Pescados)
Cardinal (Freixeiro)
Marinho (Fundação J. Antunes)

- Perfil do jogador "Leitão"

Nome: Fernando Gomes Leitão

Apelido: "Leitão"

Data de nascimento: 03/01/1981

Local: São Paulo-SP

Idade: 27 anos

Posição: Pivô

Altura: 1,78 cm

Peso: 75 kg

Calçado: 41

Clube atual: Lobelle Santiago - ESP

Vive em: Santiago de Compostela, Espanha

Principal Título: Taça Brasil 2002, atuando pelo Minas/Pax-MG

Um Sonho: Disputar um Mundial

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Cuidemos disso em nós...

A vida não se condiciona a cinza mesmo se estamos gris. Ela deve ser colorida como as nuances de um pôr-do-sol. Mas, se de tudo, não conseguimos conciliar as cores do entardecer em nosso dia, pelo menos o deixemos na tonalidade que remeta a esperança. Pode ser o verde e suas variações refletindo nossa vontade de que episódios chatos passem rápido como uma ventania.

O lar é nosso espaço sagrado. Fugas são desnecessárias, supérfluas e causam uma desordem tremenda. As coisas podem escapar do controle e tomar uma dimensão catastrófica: e isso é péssimo!!! Sejamos sabedores que existe recuo, e recuar é exercitar a humildade, a sabedoria e é principalmente sentir compaixão pelo outro. Ninguém está certo ou errado, há dois pesos e duas medidas e várias possibilidades. Onde erramos? Que sinais enviamos ao outro?

Cabe ao diálogo a fim de descobrir onde está a deficência de nós para o outro e do outro à nós. Subtrair as chateações, desocupar o coração das nódoas, aprender a desculpar, a ouvir, a perdoar, a não bradar e nunca apontar o dedo em riste. De modo que, simplifiquemos a situação sem buracos negros ou abismos psicológicos, pois será bom à uma convivência emocional alegre. Porque temos que caminhar para frente... e em frente... sempre. Porque a união faz a força... e assim deve ser.

Pelo sim, pelo não (con)viver é uma arte, mas, também, pelo grandioso e denso motivo de que uma família funcionando em plena harmonia terá o sabor mais doce do mel. E entre injúrias e prantos, ofensores e ofendidos, insultos e raiva, berros encolerizados para se fazer ouvir, percebo que: em casa onde a gritaria dá plantão, a AUTOESTIMA escorrega pelo ralo... Parece simples. E é.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Acreditar é o "Xis" da questão...

Considero-me uma pessoa otimista, mas não me deixo levar pelo “Se”. Ah!, e Se acontecesse isso ou aquilo!... e Se eu conseguisse um bom emprego!... e Se eu acertasse a mega-sena sozinha!... Chega de tantos "Ses". O que me carrega pra frente é a praticidade. Evidencio para prole daqui de casa que motivação é tudo na vida da gente. Que o ter motivo impulsiona à transpiração e conseqüentemente buscar qualquer objetivo traçado.
Por isso mesmo escrevo em letras garrafais: SOU UMA OTIMISTA INSTITUCIONALIZADA. Creio que as coisas podem melhorar.., e irão. Não me permito pensar negativo. Dessa forma, nada esgarça a minha esperança. E pode apostar: dou uma banana pra Lei de Murphy. Nem tudo que está ruim pode piorar. Negar que a situação vai se equilibrar é andar para trás e eu não sou assim nem de longe. Sou confiante pela própria natureza, minha vontade de acertar o ponto das coisas contagia meus filhos, mas meu marido não se dobra.
Pois é, a fé é uma corrente. Imensa é a minha boa intenção. Apetece-me falar muitas vezes e ouvir a oração - IMENSA É A MINHA FÉ! Preciso exprimir que a minha convicção não tem medida e, ocasionalmente, minha ansiedade goza de boa reputação. De toda maneira, ofereço subsídios ao emocional de meus filhos, então mostro que acreditar é cinqüenta por cento do caminho andado. Eu tenho para mim que toda querência depende da autoconfiança e do alvo desenhado, os outros cinqüenta por cento se dará com a persistência e o comprometimento. Nesse caso, transpire e execute. Serve para todos. Façamos o que têm que ser feito da forma certa.
Deixo para lá e nem ligo se meu marido me interpela quando incentivo os demais. É que ele se enquadra no pessimista disfarçado de realista e pior, dá plantão todos os dias afirmando que sofro influência da lua e que meu otimismo é o eufemismo dos sonhadores: "- Ow mulher.., as coisas não são simples como parecem, desce daí"; ele não alivia. Porém rebato - Ow marido.., não perco a esperança. Se sou lunática, ou inventiva por excelência, ou até o que possa me afigurar, não sei. Pois bem, respondo ao meu caro mio: sou filha da Lua com os pés bem plantados na Terra. No entanto, deixo bem claro ao mancebo que SOMOS do tamanho que nos colocamos diante das possibilidades... e ao que me consta, para quem crê em Deus e em si, “O céu é o limite”...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

R E F L E X Ã O Ã X E L F E R

Todos nós, indivíduos que somos, carecemos ser ouvidos e principalmente ser compreendidos ao menos por uma pessoa que seja. Respeitando essa comunicação direta e sincera partilhamos as sensações com o outro de forma verdadeira. Largamos as máscaras, não representamos papéis e escancaramos nosso EU, tal as cartas do baralho na mesa, mas em algum momento qualquer podemos camuflar algo por medo de nos mostrar de peito aberto. Receamos expor nosso "kit avariado" de carga emocional por pura insegurança, do qual estando na avaliação do outro - talvez - ele não acolha-nos como gostaríamos. Ainda assim, sabemos que para nosso desenvolver precisamos da total entrega: sem entremeios, sem vácuo ou fronteiriças. Todavia, para prosperarmos esta conexão padecemos da sustentabilidade da relação em si. Dessa forma, vamos compondo harmoniosamente a orquestra nos laços de afeto e na interdependência do Eu com o Outro. APERFEIÇOAR-SE é a bola da vez e é o que queremos para nós. De toda maneira, a intimidade se fará valer na dinâmica do dia-a-dia, bem como CO-existir, que é a parte principal do processo...

Entretanto, o que ansiamos é nos tornar pessoas melhores a cada raiar da manhã... desvinculamos de nós os núcleos engessados e nem de longe somos hoje o que fomos há um, cinco, dez ou vinte anos. Aquele de outrora ficou lá para trás e tirou as devidas lições. Caiu... Levantou... Aprendeu... É leviano atribuir juízo de valor ao outro como a mesma pessoa que atua hoje ou que ainda pode vir a SER. Portanto, podemos estar melhores ou piores, depende da opção que escolhermos, considerando que a mudança age em nós como um organismo vivo. E na verdade o que queremos é uma comunicação honesta e dual: sem manobras ou refúgios, sem armadura ou prêmio acariciador do ego, pelo simples motivo que visitar a realidade é recheado de prazeres.

Nascemos SÓS e morremos SÓS, necessitamos crescer SÓS e consequentemente (CON)vivendo com o outro a fim de alcançar o fiel feedback. Se preciso for, pedirei desculpas e desculparei, chorarei e reconciliarei, afinal não estou acima do bem e do mal. E que todos os seres humanos não gastem este tempo fugaz travando o perdão e a própria evolução, pois evoluir é equacionar desacertos para acertos. Enfim... a caminho em direção à maturidade e à compreensão das coisas. Não tem outro atalho que não esse. Porquê viver é precioso demais e é a grandiosa oportunidade para sermos felizes... pois sem demora, a vida se dará como um sopro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

E viva a terapia do vômito...

Há dias estou a concluir a teoria sobre os blogues que saturam o espaço cibernético, e ainda assim reluto em manter o meu querido “osonodosol” na horizontalidade da tela. Na verdade já me afeiçoei a ele, o que me dá em larga escala a peninha danada de me desligar daqui. Desde criança me identifiquei em contar ao papel minhas emoções. Apetecia-me desenhar minhas sensações, meus momentos, medos e alegrias. E então, sangrar todo sentimento que de mim tomava conta.
Todavia, percebo que muitos que demarcam o espaço na blogosfera não passam de ególatras cheios de si. Dependendo do meu estado de espírito posso de alguma forma me encaixar nesse contexto. Ora bolas, e por que não? A blogosfera é uma contenda incansável de ego grande. Digo isso porque, também, ao me derramar ativo meu botão massageador do culto a mim mesma. Identifico que preenche minha vaidade com mimos e, não raro, censuro-me em seguida, porém, ainda assim, não consigo deixar de carimbar minha marca de: escrever, escrever e escrever; talvez esta seja a forma mais terapêutica de não precisar pagar o analista. Ando durango pra caramba!
Imagino assim. Cada indivíduo delimita sua área própria, o monitor é um grande shopping, as lojas são os textos, os comentários são as prateleiras fervorosas da aprovação dos leitores compradores da ostentação do outro; algo como um grande salão de departamentos para pseudos intelectuais carentes de elogio.
A necessidade de se fazer valer vai de mim ao outro e assim sucessivamente no tocante a quase tudo que se expõe em sua lojinha de auto glorificação. Discorre-se sobre Razão e Ética, o bem e o mal, a esperança e a paz, cores e nomes, celebridades, política, família etc. Explodem saberes acerca de tudo e mais um pouco. Fala-se das películas de sucesso, do clássico noir, criticam-se novelas e livros. Rebuscam com superioridade rigorosa sobre amor e paixão - tema tão simples e sem delongas. E para inflar peitos de pombo: divagam-se sobre os diálogos de Platão; a última sinfonia de Beethoven; o Rei da valsa, Johann Strauss; o romântico Dom Quixote de La Mancha; discutem Dante em sua Divina Comédia e por aí vai as tantas teatralidades virtuais.
No entanto, será que nessa estratégia da multiplicação de visitantes, o blogonauta é, de todo, sincero? Será que esta supervalorização de si mesmo cria valor conseqüente para o leitor? Eu mesma quero saber quantas pessoas me visitam por dia e gosto ainda mais quando me respondem um texto por e-mail. Seduz-me. É bom para o moral. Mas será que atingi meu fiel objetivo?
Cada blogue jorra do estômago a famosa frase: “espelho, espelho meu, qual será outro com o umbigo mais bonito que o meu...?”. E eu cá na minha mercearia pequenina enveredo por essa vertente curiosa e - quiçá também, sou uma “persona non grata” a escrever para eu, para tu e para ele; para poder sair de mim e voltar a mim. E neste despejar “marromeno” de iguarias, me revisito a cada vendagem de palavras aprendendo a apartar-me do ego encapsulado. Que assim seja.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

dos antônimos que se fundem...

A eterna existência do: ante e pró, não e sim, certo e errado, bem e mal. Dualidades. Divergências. Desafinos. Antônimos.
O que há tempos martela na minha cabeça é essa tal de Imparcial e Parcialidade. Como não ser tendenciosa? Tenho opiniões mutantes formadas, princípios, valores que regem minha vida e interesses, que são na verdade como minhas impressões digitais: ÚNICAS E INTRANSFERÍVEIS.
Como me desvencilhar das minhas digitais e necessidades com total isenção sem inclinar-me em favor de mim mesma ou de quem amo? A resposta se parece cristalina como água. Todos somos tendenciosos. Creio que este antônimo da PARCIALIDADE só existe para (co)existi-lo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

E VIVA A ECONOMIA ! ! ! ! !

Meu filho emprestou cinqüenta centavos para um colega de escola e depois me disse que não precisava de pagamento. Afinal são apenas "cinco moedinhas de dez centavos que não servem pra nada", como ele mesmo declarou. Por ser um tema relevante decidi fazê-lo em sua homenagem.
Eu sei que se tratando de dinheiro todo ele juntado cresce, eis o motivo da minha idéia e assim que postei no blog logo, logo o chamei pra ler. - Pedro meu filhote, LEIA! Escrevi especialmente pra você. Pois é... aí está várias pratinhas e dentre elas têm de dez e cinqüenta centavos. As guardei - dia a dia - em um porquinho de barro cor-de-rosa. Interessante esta fotografia, não acha?! Considere isso aqui educação financeira e faça como eu, seja um poupador.
E assim se deu: durante quatro meses, do final de maio a meados de setembro, acumulei a quantia de R$178,00; eram apenas moedinhas, ou porque não dizer, trocos.
Que tal, o que me diz, hein?!

domingo, 17 de agosto de 2008

E N S A I O

Sentia-se apática. Virada do avesso. Adormeceu triste. Sonhou-se a Fênix. Despertou renovada. Deu-se uma nova chance. Tantas quantas fossem preciso. Se (re)inventou. Cheia de esperanças deu a largada. Outra vez...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

dos românticos...

Se eu pudesse ser uma dança queria ser o Tango. Uma das coisas que eu adoraria ter vivenciado como forma de sedução ao meu casamento era ter rodopiado muitas e muitas vezes com meu marido. Dançar é o regenerador de todos os males do cotidiano e dos aborrecimentos e afins.
Tantas vezes a lua encheu minha alcova e me transportou à lugares surreais. Eu e meu marido estivemos em tantos e eu era a brisa transportadora. Via-nos numa dança cálida e sensual com o palco iluminado por uma claridade inverossímil, a mesma que invade sempre minha cama. Devaneios meus, ainda que só meus, simplesmente meus...
A palidez lunar era o elemento que nos vestia sutilmente a pele de prata; o Tango: ah!, o tango!, essa dança incendiária e bandida fluía com sensualidade ímpar aprovando nosso olhar canalha e compenetrado. A melodia quente do protagonista cadenciava nossas almas com a força irreverente dos nossos corpos na conquista dual. Toques levemente abruptos, sons guturais tão nossos, cheiros, gestos inexplicáveis, trocas mútuas; abstraídos do mundo na sensação de unidade e liberdade que incrivelmente fazia parar o tempo. O momento tão nosso, da lua e da dança... ao som do bendito seja o tango a transbordar em nós como em uma cópula.
Tal o charme na película “Perfume de Mulher”, com Al Pacino e a clássica arrepiante cena na música de Carlos Gardel. E, a flutuar no salão, sob “voyeurs” espectadores, eram ele e a moça, além do tango, é claro.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

EVOLUCIONISMO ou CRIACIONISMO

"Em algum lugar, alguma coisa deu terrivelmente errado"
(frase acima)
Você acredita na teoria da Evolução? Ou acredita na Bíblia? Mas dentre essas teorias qual das duas você escolhe para si firmar ao mistério da existência humana? Reflito, filosofo, imagino o inimaginável, mas, alguma coisa forte em mim tende para o lado da CRIAÇÃO.
Conta-me o Livro de Gênesis a perfeita harmonia do criacionismo cujo modelou o universo e que diz mais ou menos assim: no princípio Deus criou os céus e a terra; a terra estava vazia e escura e Deus ordenou que se fizesse a luz; depois veio o dia e a noite; as águas e o firmamento; a aridez do solo; e Ele ordenou que crescessem plantas, sementes, frutas para servir como alimento; então criou o sol e a lua e em seguida as estrelas; os animais das águas, do ar e da terra; e por fim criou homem e mulher à sua imagem e semelhança presenteando-os talentos para administrar a Sua Criação.., e ordenou que frutificassem e multiplicassem a sua espécie com autonomia, responsabilidade e discernimento... E Deus viu que isso era bom... e asssim se fez...
Para mim isso não se dicute! Palavras para que???
Porém, há alguma coisa que falhou na Origem de tudo e que está para além da minha compreensão. Será o Bem e o Mal a raiz de todos os problemas da vida? Por que nunca se soube "de onde viemos e para onde vamos" com a certeza que precisamos saber? Qual o verdadeiro motivo desse enigma tão impenetrável à razão humana?
Não trato aqui de querer misturar religião e ciência, mas de instigá-los ao pensamento: pensar, pensar e pensar... e nesse ponderar dos tantos questionamentos que fundem minha cuca, gostaria imensamente de saber onde repousa a essência dos sentimentos de amor incondicional, ódio, felicidade, paixão, amizade, solidariedade, júbilo e compaixão? É na Ciência ou na Criação?
E como diria Dona Milú da novela Tieta: mistééééééééééerio...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

E DEUS criou a MULHER...

O universo feminino é rico em uma grande sensibilidade quase inalcançável. Considerando-me parte dessa esfera gosto de deambular pelas características multifacetadas do sexo frágil. Ensaio ao máximo meu próprio distanciamento para melhor compreender esse turbilhão hormonal.
Toda mulher tem de fato uma percepção extra-sensorial que está fora de questão. Ponto. Para nós, tudo importa. Ou os dias estão mais rosados, ou o céu está menos azul, ou mais cinza, ou chove lágrima ou pérolas. Somos seres emocionais pela simples natureza, e no entanto, buscamos a sabedoria. Sem onipotência. Longe disso. Mas é incrível! Nós mulheres enxergamos a vida de frente, lado e costas, e, não sei bem o porquê, detemos um poderoso terceiro olho: a intuição.
Mas o mais curioso que possa parecer é a dinâmica de todos os dias sendo feita e refeita com maestria. Damos conta do recado com primor e o mais inexplicável ainda é que, obcecadas por detalhes, percebemos um ínfimo pontinho preto no canto mais insignificante do gesso da sala.
Múltiplas à nossa medida podemos ser ao mesmo tempo: mãe-torista; pai se houver necessidade; administradoras da casa e tudo que ela implica; fortalecedora do emocional de nossos filhos usando a palavra certa; apaziguadora das animosidades entre irmãos; suportadoras do mau humor do marido. Enxergamos o TODO... enfim... E sem esquecer que mil mulheres habitam em nós, ainda fabricamos tempo para submergir à nossa individual companhia.
Se sofridas, choramos. Se contentes, choramos; mas somos alegres. Lutamos pela essência da vida e viemos afloradas para amar, amar e amar... Desenvolvemos métodos para transformar o complexo em simples, o pouco tempo em tempo de qualidade, a severidade atrelada de um manso sorriso e o santo puxão de orelha. Somos duais.... plurais... mulheres... mães... Somos ninja! Arranjamos solução para tudo, porém não somos tolas.
Temos a capacidade de pensar e planejar variadas coisas ao mesmo tempo sem nenhuma confusão mental. E o mais compensador de tudo isso é que com tantos afazeres domésticos e a psicologia sendo exercitada à quem guardamos sob nossa asa, ainda assim, queremos cuidar desses amores com rigor sem par.
Somos a comunicação viva, o diálogo equilibrado para a felicidade geral da instituição chamada FAMÍLIA. Em vista disso, carecemos do nosso “time” para refletir e reorganizar o caos cotidiano em seu devido lugar. E então, ressurgir como a fênix, novinha em folha... em cada amanhecer.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

R E P E T I R (S E)

Nunca trilho o mesmo caminho duas vezes, há sempre um novo debruçar, uma nova possibilidade... Um passeio bucólico, um até logo, o percorrer cotidiano pelas avenidas, as conversas de todos os dias, os sorrisos de todos os dias, os abraços de todos os dias, as tantas pegadas na sala de casa, ou uma cidade que já fui várias vezes.
Percebo que quando estou a fazer caminhada me deparo com o mesmo rio Poty, que é incrivelmente outro; suas águas a escorregarem suavemente não são as mesmas… E eu a caminhar ao lado do rio e a pensar e pensar.., ah!, sou inexplicavelmente outra; a cada dia uma mulher se (re)inventa em mim, retemperada e cheia de emoção - subjetiva eu sei -, mas com o estado de espírito aberto à renovação. Renovar: Recomeçar. Substituir por coisa nova ou melhor. Dar aspecto de novo. Conta-me meu fiel escudeiro dicionário Priberam online.
Eu, tu, ele... em cada momento vivido nossa singularidade percepcional testemunha a maneira de como enxergamos o mesmo mundo, diferente. A principiar repetidas vezes a própria vida, no entanto, com novos olhos gentis.

sábado, 26 de julho de 2008

OS MEIOS ALTERAM O FIM

As coisas são claras. Em todo estado crítico da sensação de injustiça, desgosto, insegurança, vaidade ou amargura que possibilitamos experimentar, literalmente podemos pisar na bola. Mas o mais incrível que possa parecer é que mesmo transgredindo ao que nos firma ao chão, ao que nos move do bem para o bem, ainda somos capazes de macular nossos princípios morais por: raiva, desesperança, despeito, vingança, insensatez, rancor ou maldade. Somos falhos pela própria natureza!
E, no entanto, algo que acreditamos ser – para aquele momento – cai por terra e põe à prova toda nossa junção de valores; estes marcarão nossa história e filosofia de vida para sempre. Traímos. Somos traídos. Entretanto, quando o traidor somos nós a dor é dilacerante e assombrosa, pois dentro de nossa essência fica o sentimento de não ter traído só o outro, mas a si próprio. A consciência é algo quase material, sai de nossas cabeças e se lança frente a nossa face com um olho interior tenebroso e inquietante. Olha-nos de cima para baixo com a propriedade soberana de quem salienta o bem e o mal; e então: despencamos.
O remorso parece ter fibras nervosas que causam dor física e moral, e nesse instante a cena sai de nós para revermos o passo-a-passo como a um panorama. Visualizamos toda a dramática do cenário com algum distanciamento: a confluência da Consciência do nosso EU por si mesmo martelando a pequena frase ''conhece-te a ti mesmo''; a Ética que deixamos em um canto obscuro e que vem mostrar sua cara lavada, tão cristalina que encandeia nossos olhos; e o sentimento de Culpa aterrorizador. Este é o tripé sobre o qual revisita nossas crenças e nos deixa na lona. Obviamente é na adversidade onde deparamos com nossa raiz mais oculta. Posteriormente avaliamos o peso do que produzimos e a máscara cai. Nessa ocasião, nos sentenciamos e compreendemos que os meios não justificam o fim.., e daí pensamos: "- É a ruína!, preciso consertar o prejuízo, mas e agora, cadê a coragem de destampar-me ao outro para ter minha liberdade de volta?"...
Por vezes levantamos uma bandeira qualquer... Fazemos, acontecemos e sopramos nossas frágeis convicções, todavia o buraco é fundo e a agonia também. Existem primitivos e latentes sentimentos que responsabilizam o que realizamos. Somos modelados pelas vivências e, podemos sim, cair em contradição ao que antes afirmamos ser. Tantos vícios camuflados nas forças do acaso. Fatos que outrora nos magoaram convergem ao ego insaciavelmente suicida - dia a dia -, empurrando a sermos instrumento para o mal. Acreditem! Não falo com arrogância nem com caráter esnobe, na verdade sinto a necessidade de dissecar esse assunto que, faz parte das nossas relações tão humanamente humanas. Do mesmo modo, exploro certo discernimento para enxergar que somos objeto de tantas imperfeições e calcanhares de aquiles. Eu fui prova viva! Endureci e amoleci de acordo com minha auto-estima.
Sabe-se que nós, seres humanos, vez ou outra nos transformamos no que o outro faz de nós; nosso homem exterior se tiraniza, e em seguida nosso homem interior se renova. A corrente do bem lutando contra o mal. E porventura para satisfazer e acariciar a nossa profunda insignificância, discorremos o fio condutor acerca do outro para camuflar uma risível mediocridade. Ali, acolá, ontem, naquele dia, naquele ano e,... paaaá... acontece: somos pérfidos. Porém, instantaneamente nos arrependemos e,... plaafht... já foi! Acabou-se o que era doce... O vento se encarregou de levar as dispensáveis palavras aos ouvidos de quem não tinha dignidade para contá-las e nem ouvi-las...
Com o passar dos dias cortamos dobrados, sofremos, agonizamos. Neste meio tempo, a culpa se faz em nós mais presente e mais disposta que o caráter duvidoso: uma Senhora absoluta que instiga à assumirmos os riscos da nossa irresponsabilidade. Percepcionamos que tal ação repudiosa não pode deixar atrofiar nossa última “folegada”, e além do quê, carecemos chutar a verdade para frente. Nada na vida dá garantia de ser leal sem limites ou medidas o tempo inteiro. Ainda mais quando nos sentimos ressentidos e inferiores em alguma situação que muito nos feriu.
Ainda assim, mesmo com todos os percalços do antes e durante, precisamos caminhar para o depois a fim de pagar o ônus e ajustar o prejuízo a qualquer preço! Meditabundos..., viajamos ao nosso interior e lá bem no fundo enxergamos nossos atos, ações e omissões. Denunciamos e encaramos de frente os nossos intestinos e sentimos enjôo. Nesse ínterim, entendemos que a partir de certa idade as palavras e entrelinhas já não são mais inocentes, cujas podem fazer gotejar sangue. Admitimos a dor que causamos e que em alguém sangrou: então o arrependimento galopa em nós perfurando nossos orgãos vitais. A auto consciência executa pena de morte; ela pode ser doce e amarga e daí assinamos o nome embaixo do desvio da rota. Nossa vergonha é mortal, mas o arrependimento é libertador. Decerto as cicatrizes do corte irão demorar suavizar, mas servirão para fortalecer a casca. E, não obstante, a homeostasia, esta sim, vai predominar... É a natureza humana. Nem mais. Nem menos.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

C U R I O S O ! ! ! ! ! ! !

Estou gorda, mas não nos sonhos que tenho. Em todos os meus sonhos me vejo sempre esbeltíssima. Ora, ora!, deve ser um ótimo sinal. Creio eu que meu cérebro ainda não processou os tantos quilinhos a mais que teimam em ficar neste corpo. Por isso, todos os dias ao acordar, digo para mim mesma em alto e bom som:
" - Graaaxa saia definitivamente desta mulher e ligeeeiro baaala, este corpo não te pertence mais. Eu sou aquela que ama a Selena; eu sou aquela que nunca vai desistir da Selena; eu sou aquela que vai patrocinar a Selena sempre que ela quiser; eu sou aquela que vai estar com a Selena pelo resto da vida".
Portanto, estou tratando de caminhar e reeducando minha alimentação, já consegui derrubar 8 kg dos tantos que ainda restam ser eliminados. Sinto saudades de mim; vou voltar a ser como antes. Ponto. A empreitada só é dura para quem é mole! E eu não sou mais.

terça-feira, 22 de julho de 2008

de acreditar...

Sempre quando acho que não vou conseguir sair de onde estou: Ele sopra - com força - baforadas do mais puro oxigênio em minhas narinas, e mesmo que eu não O veja, lança o ar dos meus pulmões... então explode em mim a vontade de recomeçar...

sábado, 12 de julho de 2008

Colorindo a Vida...

Em julho de 1991, recebi um pacotinho que veio da sala de parto. Meio desajeitada, admirei seu rostinho e suas pequeninas mãos. " - Ela nasceu!", então pensei: veio para alegrar a vida de seus pais e fazer companhia para sua irmãzinha. Com cara de paisagem e espanto a segurei alegremente no colo e rapidamente comecei a conferir cada detalhe, com quem mais se parecia e se tinha todos os dedinhos no lugar. Coisa de tia boba!
Dezessete anos se passaram. Hoje é moça feita em um belo corpo de mulher. Está pronta! Aberta a aprender e a segurar as oportunidades da vida: estudar, se graduar, ser feliz. Vai arquitetar a arte de projetar e traçar planos.., construir, desenhar, criar residencias, edifícios... dá seu tom harmonizando espaços para atender as nossas necessidades e é na Arquitetura que escolhe sua verdadeira vocação.
Vou sempre lembrar. Olhos oblíquos, construtores, imaginativos. Que se entrega sem medo quando quer algo de verdade. A menina, agora moça, busca seus ideais. Em rigor, rompe barreiras e configura sonhos alcançáveis. Outrora, aquela criança de vozinha encantadora inaugura seu primeiro abraço ao mundo, já não cabe mais nos braços dos seus pais; é agora dos braços do mundo. E esse universo novo reserva-lhe fortalecimento pessoal e profissional, cujo poder de desbravá-lo é particular e intransferível. Se especializará. Terá uma visão generalista e entenderá de tudo um pouco... Vai se dedicar... Vai produzir... Venderá sonhos... Será útil à sociedade.
E a cada passo que se permitir galgar, a perseverança vai ser sua direção para vencer os obstáculos - o que lhe é uma característica nata. Links na sua estrada se abrirão e talvez em outras cidades do estado. Idéias. Ideais. Transpiração. Conquistas. Realizações. Diz o ditado que sonho que se sonha junto transforma-se em realidade. Saiba!, sua tão grande família estará aqui, ao que der e vier, validando suas habilidades e seu esforço. Tantas noites em claro estudando, a ansiedade devorando o conhecimento, às vezes a insegurança e a angústia em um redemoinho voraz; sentimentos próprios da adolescência, mas que todos nós passamos um dia.
Sabrina, minha querida afilhada: seu faro em reconhecer amigos é inquestionável. Sempre disse que raspas e restos a interessavam, mas percebo que sabe muito bem fazer desses restos o manjar mais apetitoso dos deuses. E sabe aquela menininha de olhar lânguido e desprotegido? Hoje é mulher crescida, linda e forte!, uma divisora das próprias águas: obstinada a vencer, pois quem tem objetivos sabe qual o caminho a seguir...
SABRINA: Nome de origem Celta. Reza a lenda que Sabrina era uma ninfeta que vivia no rio Svern, na Inglaterra. Seria uma sereia?!

Eu

Simplesmente Selena