quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

da série: reflexão

Minha filha Piú diz que sou a dona da verdade e que nesse caso "não careço fazer análise, pois nasci analisada"; então digo o contrário: sou terapiada na dor, é na labuta diária de criar, de ensinar e ensinar e não desistir de ensinar. O fato é que essa encheção de saco do cotidiano apresentando coisas novas e complexas serve como terapia. Não tem como fugir e dizer "vou viajar, bye, fuuiii, virem-se". Corro pro abraço, arregaço as mangas, enfrento, tenho fé e sigo rezando. Dado a responsabilidade para com meus filhos, algumas vezes perdi de vista a relação marido e mulher.. putz!, isso não é bom. Agora não mais. Não serei tonta por todo tempo, tenho um olho no gato outro no peixe. Na conexão entre pais e filhos há um nó que nunca desata e dá a sensação de afogamento. Todavia não quero perder as alegrias e os dissabores de ser mãe, por isso percebo em cada amanhecer que educar é uma obra de arte das mais belas e caras. E se faço minha vida parecer um filme daqueles bem lacrimogêneos, estes são os meus balizadores dramalhões tragicômicos, é a minha história, é esta a bengala me auxiliando na caminhada, tal qual uma película de Almodóvar: vermelho vivo, paixão, desejo, exageros, mulheres fortes, olhos marcados, choro, relações intensas e muita cor; só que sem luz, câmera, claquete, mas com muita ação. Sábia Piú!, é pura verdade, talvez eu não precise de terapia mesmo. E como digo sempre., a vida é essencialmente simples, embora com muita aprendizagem. E que tudo termine bem porque há de vencer a força do bem! Viver é breve e bom demais da conta, sô!!

Eu

Simplesmente Selena