sábado, 28 de junho de 2008

Capturando a Sensibilidade...

Algumas das tantas mulheres da família Nery, encontro na casa da Socorra (à esquerda na escada), em Brasília-DFEscrevo para registrar uma situação, um sentimento, refutar algo, ou até para desovar meus demônios à decantar-me para melhor. Não abro mão, serei uma pessoa melhor, e isso já me faz contente. Mas claro!, representar o testemunho, fazer valer um momento agradável é de alguma forma ter o poder de congelar o tempo: nos sorrisos, nas emoções, nos olhares, na afetividade, nos gestos, enfim... Não há nada mais especial quando registramos uma reunião alegre, as palavras ora faladas antes mesmo da fotografia, os pensamentos do instante, o contentamento cuspindo as nossas caras. É mágico e delicioso!, porque a aliança da família nos torna, a cada dia, fortificados. Pela clara razão de que me inspiro quando bem estou, mas, também, porque a felicidade é tanta que não dou conta de consumi-la; tenho que dividir com os meus. A honestidade cristalizada na ocasião do click, desmente qualquer argumento que contradiga as sensações, liberando a intensidade delas, se ruins ou boas, a fim de nunca cairem no esquecimento. Afinal, o prazer evidenciado na foto acima, a festa de nós para nós, deliberadamente, assinala algo que quis escrever. Simples assim.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

do turista cheio de emoção...

Momento registrado em frente ao rio Sena: Ari, Sela, Caty, Celina. Texto escrito dia 05/10/2007, aeroporto Charles de Gaulle, Paris.
Estamos no aeroporto Charles de Gaulle, passa das onze da manhã e o avião já vai embarcar, daqui a duas horas estaremos em Roma com a graça de Deus. Não tive uma noite muito boa. Ontem jantei com meus companheiros de viagem “peru ao curry”, estava delicioso e ninguém sentiu nada demais, apenas meu fígado que não correspondeu ao paladar de todos. Tive enjôo e dor de estômago toda a madrugada, foi terrível. Rezei muito pedindo a graça de não adoecer: todas as viagens de avião estavam devidamente pagas e os hotéis pagos e marcados, nenhum contratempo poderia ocorrer; seria o fim do nosso sonho. E pelo sim e pelo não, nada é mais satisfatório quando tudo começa bem e termina ainda melhor. Au revoir Paris... a Cidade Eterna nos espera!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sedutor e Afrodisíaco

No mundo da perfumaria a palavra MUSK é sinônimo de desejo, magia e sedução cuja essência era originada da secreção das glândulas sexuais de uma espécie de cervo do Tibet; hoje esta substância é sintética e fabricada em laboratório. Mas o que mais me cativa ao olor do MUSK é sua calidez, sua doçura, seu secretismo, algo quase sanguíneo. Por onde o vento o leva jamais conseguirá ficar despercebido, do qual passeia pela brisa e emite vapores enfeitiçadores capazes de persuadir o olfato mais exigente. Seu aroma é atemporal, incita a atração física, é como se os feromônios das fêmeas pululassem. Por isso é considerado um perfume erótico e inesquecível.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

D E S E J O S... S O N H O S...

Na esperança dos objetivos, prometemos... eu prometo, tu prometes, eles prometem... promessas são afirmações solenes de alentos para dias melhores que buscamos.

Aprendi a sonhar com os pés no chão e os olhos voltados para realidade. Quando eu era menina imaginava que as brancas nuvens eram feitas de algodão doce gigante que daria para suavizar a vida de todas as pessoas da Terra. E, na minha ingenuidade, realmente acreditei que aquela planetária almofada além de ser muito fofa e macia era o alimento enviado por Deus especialmente às criancinhas do universo. Me visualisava pulando, correndo, dançando, saltando, deslizando como se fosse um imenso escorrega-bundas numa maratona de deleite, depois escolhia a nuvem mais fofa e adoçava a boca com mel; se tivesse sede espremia uma outra nuvem saciando-a com gotas fresquinhas.

Imaginar sempre foi meu ócio criativo, somos reis da imaginação. Meu amigo imaginário em todo tempo foi meu pensamento a engendrar a minha facilidade de criação, de sensações, de me remetar à lugares infinitamente surreais; produto dos meus devaneios pueris.

E eu pensava.., e pensava: ah!, meu Deus: se eu pudesse nascer muitas Selenas para aproveitar mais e melhor e.., subir ao sol, correr pela lua, descansar numa nuvem docinha, cavalgar ao vento, caminhar sobre as águas até fundir-me com o horizonte e o mar, colher várias estrelas coloridas e encher meu baú secreto, mergulhar de cabeça no firmamento, nadar pelo ar, me afogar no éter, pular amarelinha no rabo de um cometa, deslizar nas cortinas violetas do lusco-fusco, ouvir um piano tocar "Prélude à l'amour" em plena lua cheia, e voar pelo céu sem eira nem beira, navegando a braçadas entre as estrelas com o olhar grudado no pisca-pisca que explodia no obscuro... e as mil borboletas que voavam em meu estômago também se divertiam comigo.

Ah!, se eu me embriagasse do vinho úmido da noite, mas depois tomasse banho nas nuances do pôr-do-sol até me besuntar de jovialidade.. ah!, e se eu pudesse usar a palavra e o diálogo como único fim para o consenso, e construir a paz de mim para o outro e à todas as famílias do planeta, comungando no respeito e no aperfeiçoamento da humanidade.., ah!, se eu fosse capaz de exercitar a solidariedade e a compaixão na busca por uma sociedade igualitária tornando infecundo toda maldade e egoísmo do homem para o homem. Por não ser capaz de voltar-me novamente criança, hoje eu preferia a sanidade dos loucos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

do vírus da arrogância

Pessoas arrogantes são: extremamente rigorosas com outras pessoas, inflam o peito tomado de soberba, deliram em um palavrear cheio de gala com pontos cegos de repugnância, vivem como se estivessem acima do bem e do mal. No canto da boca, o escárnio displicente. Nos olhos, o esplendor estufado de astúcia e individualismo. São figurinhas vaidosas, inseguras e quiméricas.

domingo, 8 de junho de 2008

Cara de sucupira têm em tudo lugar...

Gentêee... de vero, se tem uma coisa que abomino é brasileiro babaca que vai morar fora do seu país e posa de bala. Na minha primeira viagem para a Europa, mochilei por tudo quanto foi cidadezinha da Espanha com minha filha Catarina, e numa dessas paragens fincamos pé em um bar de Granada para comer algo, estávamos cheias de fome e mortas de cansaço.
Havia uma apresentação bem próxima de capoeira e decidimos ficar por ali mesmo assistindo. Vários brasileiros cantavam na maior festa, um deles era uma mulherzinha mal-educada pulando mais que macaco, só faltava a melancia na cabeça e pior, praticamente em cima da nós. A cadeira ia pra-la-e-pra-cá e aquilo me irritava!, eu estava subindo pelas tamancas já com a lavadeira "roxa" cá dentro sentindo que faltava pouco pra armar o maior barraco, mas Cacá disse para eu me controlar que isso era vergonhoso.
Então tá, obedeci minha filha e fiquei só urubuservando a abestalhada, porém na espreita. Continuamos nosso papo sem olhar para a espetaculosa, fazíamos de conta que ela era invisível, e mesmo famintas ficamos sem mais a menor vontade de continuar ali. Naquela ocasião, a doidivanas percebendo que não alimentamos sua baixaria, virou-se para nós e perguntou pra minha filha de onde éramos? Catarina respondeu e se voltou à mim sem encompridar conversa. A "gata páia" não se deu por vencida, falava em cima da gente quase cuspindo, eu conseguia sentir seu hálito de saburra de cigarro misturado ao álcool; putz!, que horror...
Na verdade ela queria tirar onda com nossa cara a fim de aparecer para os outros do "tipinho" dela que lá também estavam. Eram uns dez. Sabe.., aquelas pessoas que saem de seu país para trabalhar de piniqueiras e dão pinta de bacana dizendo que forão estudar na Suiça, Inglaterra, Espanha etc?, pois é!, é bem por aí.
Sim, continuando... A "tipinha" não contente se voltou novamente e perguntou para Cacá se podia sentar-se conosco? Ah!, mas aí não prestou não. Cacá esbugalhou os olhos e olhou bem dentro da tela larga dela e disse em alto e bom som: “Não, querida!, aqui conosco nesta mesa só assentam-se espanhóis!”. Caraaacoles!, foi no talo das veentass. A comadre ficou a ver navios com a cara se contorcendo toda sem graça, depois saiu com o rabo entra as pernas, puxou a cadeira da mesa em que antes estava e quase se afundou, em seguida ficou imersa em pensamentos fazendo bolinhas de uma fumaça tão fedorenta que mais parecia um dragão fêmea. Foi hilário!
É nessas horas que se deve botar alguém em seu devido lugar, e quando esse alguém é nosso co-patriota para lá de mal-educado: ah!, aí sim, a vontade cresce na velocidade da luz. Fiquei curiosa e perguntei a Catarina o porquê dela dizer que ali só podia sentar espanhóis? Cacá que não é boba nem nada, percebendo que a turma em que a "marrdita" se encontrava havia homens e mulheres (brasileiros); daí a tal idéia, uma grande sacada. Nada tinha a ver com preconceito, mas com ficar tranquila sem sermos importunadas. E assim, em uma tacada de mestre minha filha com muita classe mandou a desavisada dar um passeio bem basiquinho sem direito a volta.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

da compaixão...

Uma das coisas que mais aprecio é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Exatamente como o outro se sente.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Apenas para dizer tão só o que sou...

Naquilo em que acredito, sou firme. Nas minhas convicções, persistente. Relutante aos meus princípios. Ignorante vez em quando. Tola quase sempre. Nunca arrogante. Nunca soberba. Sem meias medidas. Aprendendo, crendo, descrendo, sendo. Afinando-me com o equilíbrio.

Leal aos amores e amigos, enquanto me forem. Em minha vida dormem tantas outras. Agradeço por tê-las. Sou de sentimentos fortes. Quando me zango não sei dissimular. Cedo quase sempre. Treino ser senhora de mim para ser assertiva, é que sou mais impulsiva do quão preferível, e isso não é bom. Tenho trabalhado o autocontrole a fim de me conhecer melhor, é um processo de auto-conhecimento. Ponderar é um exercício não tão difícil.

Detesto sentir qualquer tipo de dor. Tenho medo da morte e nem me alongo sobre este assunto. Não minto, omito; quando escondo, é para o bem. Às vezes minha coragem é burra, e minha covardia não me basta. Questiono. Questiono-me. Sou uma pensante nata. Costumo acreditar nas pessoas. Me acho bem menos inteligente do que gostaria, e bem mais burra do que acho que poderia.

Se razoável, negocio; se cega, teorizo. Com o discurso afiado. Uma palestrante frustrada. Comecei a fazer terapia, às vezes um puxão de orelha tem grande valia. Quando quero, quero muito. Vim do pó, de tudo e nada. Sou feita de barro e lama. Também do mar e da chuva, e do vento que me sopra as palavras; da mistura do passado, presente e futuro, de ser nada e tudo... Nooossa Senhoora!, aonde é que vou parar com tanto crise de ego?!

Na verdade, sou uma ariana roxa, e o signo de Áries é energia: nitroglicerina pura. Audaciosa, não aprecio imposições; amo a liberdade e a justiça, esta é uma das tantas características deste signo. O fogo faz parte da minha personalidade, ele tem o poder de aquecer, porém em excesso destrói. Devo conciliar minhas qualidades às minhas deficiências e conseguir me adaptar perante as situações que a vida oferece. Será o pulo do gato à meu sucesso pessoal.

terça-feira, 3 de junho de 2008

de (re)acreditar-se...

Cinco anos em catarse, quixotesca forma de me (re)inventar. Há anos sou uma grande piada. Sem coragem pra arregaçar as mangas e emagrecer. Sem reputação de mim mesma, auto-comiserativa, burra, empacada. Presa num corpo que não é meu, que não sou eu, que nunca se misturou a mim de verdade. Vazia e cheia de mim. De saco cheio, saturada, impregnada, na lata, até a tampa de mim. Estática. Sem cor. Até então separada por uma linha tênue: a do desleixo e a do resgate, mas a segunda me salva do abismo, me estende a mão. E na contramão de minha forma de viver enxergo ao longe uma luz flutuando no fim do túnel; ainda densa, porém já consigo decodificá-la. Aos poucos ela me encandeia, mas seu brilho me atrai. Parece uma força maior. Que me puxa e me quer. É a luz da esperança que me segura no colo e acaricia minha autoestima. Então fico sonhando com o cansaço da subida, mas principalmente com o repouso do cansaço, e com um mundo novo repleto de novas possibilidades. Daí planejo. Vejo portas se abrindo. Sinto o vento entrando e os raios claros do dia nascendo. E moinhos de vento. O objetivo se achegando. O foco na reta se aproximando. Então chove em mim. Chove para mim. São lágrimas de renovação. É o ciclo de mim. Estou mais segura, terapiada na dor, mas também na alegria. Confiante, persigo meus passos. Não os perco de vista. Lá estou e vou eu... seguindo adiante na vigília constante de mim. Laçando o professor tempo com laços da fé, são laços apertados, cada dia devagar, um após o outro. Serena... segurando-me no colo e desta vez sem desistir. Dando-me crédito outra vez. Em busca do meu ajuste de contas. Agora sou eu comigo. Na tarefa árdua de cumprir os atos que ora faço. Prometo-me. Enfim. Juro-me.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

V I A J A R A J A I V

Preciso me retirar daqui de casa por uns dias, uma semana pelo menos. Férias... da minha rotina, do meu banheiro. Ir para um lugar neutro. Fazer reparo na carenagem, ficar de papo pro ar, olhar gente que não vejo há tempos, limpar a vista, absolutamente. É simplista, porém por agora é o que me atrai.

Eu

Simplesmente Selena