quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Porque viajar é sentir, mas contá-los então, uma delícia ! ! !

Ah, meus amigos! Que de tanta simetria e formosura bate aquela vontadezinha de não partilhar convosco desse paraíso labiríntico clarificado de cultura. O cenário é pra lá de surreal, mas não vou ser egoísta, não devo, não posso. Pelo simples motivo do que desperta nossos sentidos tem de ser revelado. De toda forma, ainda gostaria que essa terra ficasse lá, quietinha, resguardada pela idade média como em uma pintura a habitar nossos sonhos... e se possível, protegida em um recanto qualquer do planeta, porém, impenetrável. E sobre uma colina misteriosa, as casinhas caiadas de branco, com aura mágica e cheiro de paz, amor e descanso.
Absolutamente, eu não ia ficar nem um pouco chateada se tivesse de me mudar para lá viver: sua paisagem indescritível, a serra, o rio Guadalquivir, o parque natural, seus bosques, as muralhas, a alva arquitetura, seu povo, o flamenco, as festividades, as ruas em ziguezague, o céu azul, a imensidão do mar, a explosão das flores festejando a primavera e o violeta do entardecer; tudo muito bem embrulhado e cheio de charme... Entretanto, a verdade é que ela existe. Pinheiros, palmeiras e buganvílias abraçam os dias dos que lá pertencem, e tão só abraçaram, um dia, o meu.
Situada ao sul da Espanha e província de Cádiz, Vejer de La Frontera, é para ser percorrida sem pressa ou compromisso. Sem se preocupar com nada, senão o de saborear calmamente a bela aldeia árabe, e assim, se enxergar passageiro em um outro momento da história. A sensação que temos é que o tempo congelou, do qual a cada passo alcançamos a fronteira do passado. E não é que tudo está lá!, em rigor, minuciosamente em seu devido lugar de tão exato. Sem nenhuma dissonância aos pormenores. Tudo tão perfeito...

Eu

Simplesmente Selena