quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

das diferenças ímpares...

Sempre que vou ao Rio de Janeiro, afirmo categoricamente que é a cidade mais linda do mundo. Mas olhando outros prismas recuo, percebo tamanha redundância do qual chega a ser inútil tal expressão do meu pensamento fixo. Então se digo: o Rio com suas curvas naturais é a mais bela cidade do mundo, é e ponto, em termos de paisagem exuberante. São muitas e muitas as mais lindas cidades do mundo que não cabem na palma das minhas mãos. Cada uma à sua maneira. Cada uma com seu esplendor e sua singularidade.
Quando me lembro do charme de Belo Horizonte e asseguro que não existe cidade como aquela, sou sincera ao colorido que dou, pois me identifico com o lugar que aprendi a amar, com o desbunde cultural de entretenimento e vanguarda que oferece; uma cartilha de possibilidades entre as montanhas. Há dezenas de lugares consideráveis os mais bonitos para um momento. Depende do olhar, da forma, e de um espírito livre. Por exemplo, Paris, tornou-se a cidade mais magnífica desde que a conheci, a arquitetura genericamente homogênea, a luz lançada sobre os palácios, o rio Sena, as pessoas. Ah!, superou minhas expectativas e sempre irá superar. E o que dizer de Veneza? Ah, meus amigos, esta é inverossímil! Sem palavras pra cuspir. Temos que viver a La Sereníssima. E é tanto, e é pouco...
Outra estética de belo faz jus a Florença, na Itália: lugar de intelectuais e pensadores, cidade de beleza extravagante da qual paira uma atmosfera harmônica irrepreensível. Já Viena detém a reputação de cidade mais magistral da Europa, o que falar disso? Porto a cidade do vinho que mais aprecio, minha filha diz que por ser tão romântica, consegue me encontrar em cada canto. Roma a cidade Eterna, a sentencio incoerentemente como a impenetrável, mas a mais deliciosa de todas, a minha preferida. New York, um lindo arranha-céu demográfico, social e econômico. Ruas planas, noite eletrizante e culturalmente "hors concours", mas sem ardor e sem borogodó.
Lembro-me de um exótico pueblo espanhol, Vejer de La Frontera. Este lugarejo tipicamente árabe parece tirado do filme As Mil e Uma Noites. Casas branquinhas clarificadas de luz solar e uma brisa gélida; um dos mais interessantes e mágicos que conheci. São tantas cidades formosas, tão bem construídas capazes de tirar o fôlego de uma viajante - principiante - como eu. Diga-se de passagem Granada! Fala-se que Napoleão quase a explodiu em 1912, levando abaixo essa jóia rara européia com cara de oriente. Já pensou, nunca poder ter conhecido a capital da Andaluzia? Seria um pecado. Lá repousa a fortaleza Alhambra no alto de uma colina, seus ricos palácios recebem cerca de oito mil visitantes por dia. Coisa de louco! Granada conflui com três rios no sopé da Serra Nevada e a vista é estonteante! São tantas belezas relativas que existem por aí nesse mundão a se somarem em suas particularidades. É o planeta. É o todo. Emoções, instantes e paragens acolhedoras, merecedoras de um valor inestimável... da quantidade de maravilhas que compõem o completo.

Eu

Simplesmente Selena