quarta-feira, 18 de março de 2009

Navegar é preciso...

Das palavras que nunca dissemos tanta coisa ficou aqui guardada por dizer: sufocadas, abafadas, perdidas, e no entanto, percebi não adiantar esboçar um só hiato; seria perda de tempo. Vou-me para longe por um bom período, mas as minhas culpas não morrem solteiras em mim, existem duas faces da moeda e não um culpado absoluto. Golpes de silêncios ensurdecedores gritaram a sua indiferença, e algo na sucessão desses anos arrasou minha estima. Vou pelas esquinas da vida. Deixe-me ir, por favor! Um stand by para repensar valores desviados e esquecidos. Vou porque é preciso e pelo simples motivo da imparcialidade, pois nenhum de nós dois está acima da razão. Nossas verdades não são a última instância em nada. Ao que me diz respeito, no campo das (in)certezas o argumento é território de todos, e eu tenho os meus firmados pelos acontecimentos. Por isso vou... e porque não ir, se tenho vontade? Vou, porque devo ir! Nada é garantia de nada. E mais uma vez digo-lhe: vou. De nó na garganta. De coração na mão. Com ressaca e tudo mais. Vou... para poder voltar e resgatar o frescor que ao decorrer desses anos – de burra – deixei escapar.

Eu

Simplesmente Selena