quarta-feira, 11 de março de 2009

Resumo da Ópera...

Não adianta querer justificar o injustificável... não é fácil ser Ana. Eu tenho para mim que se Ana sair o BBB acaba muito chato. Perde o tom, a essência, a ousadia, a cor, a luz.

Ana por afinidade se aproximou de Naiá e foi atingida pelo tsunami de confinados, inclusive por ela, onde esta teve medo de serem sombra uma da outra. Mas quem com porcos se mistura, farelos come. Naná pode até ser assim. Entretanto, Ana não se mistura, não tem medo de falar o que sente. Naná é uma figura enigmática e discutível, talvez por covardia não se rendeu a menina do país das maravilhas, ou por ser uma mulher dura de receber e dar afeto. Mas mais para frente as malas batem, vamos acompanhando e formando nossa opinião consciente.

Ana vai que vai... não se intimida com o rótulo de fútil e gastona, e em sua coragem derruba um a um; sua “estratégia”: ser ela própria. Prova maior é o desenrolar dos dias e a mesma postura de menina cheia de emoção, mas que, desabrocha em uma nova mulher e uma pessoa linda em si!

Ela é a sinceridade a toda prova, é repleta e incompleta, é alegria e tristeza, é a força e a coragem, a ingenuidade e o carisma. Sua maneira de ser produz em mim reflexão sobre erros e acertos e um longo pensar e repensar sobre atitudes, comportamentos interpessoais e resoluções de problemas. Para tudo é intensa, mas na verdade é muito maior que pensa. É mimada, chora se sente vontade, reclama sem medo, mas não varre a sujeira para baixo do tapete.

A franqueza corre em suas veias, mostra-se por inteira, não foge a luta, não se esconde. É humana demais, cheia de defeitos, mas principalmente de virtudes. Porque se entrega total, nua e crua, tem o colhão roxo. Ana sabe muito bem que está plantada num ninho de cobras peçonhentas, mas faz vista grossa, pois ali é a lei da sobrevivência, no entanto, expõe-se linda e loura, e interroga a si mesma - tal qual Alice - qual o caminho que deve seguir? E me desculpem as “loiras”, mas Ana não é burra. Dá a cara à tapa, mas não se vende, nem que seja por 1 milhão de reais.

Não é dúbia, não presenteia ninguém, não se deixa ser hipócrita, não faz média. É perseguida pela casa exatamente por seu caráter. Ana é a diferença do programa e por isso incomoda muito aos demais. Não é boneca de pano nem usa estratagema, não é invejosa nem leva e traz, não é puta e nem santa, não é rancorosa e nem engole a raiva: é gente de carne e osso com o kit avariado de ser inacabadamente humana. Rosto de princesa, olhos de chuva, olhar doce, personalidade de rainha... ela enverga, mas não quebra. Chamem-na de qualquer coisa, menos de SER: simplesmente Ana.

Eu

Simplesmente Selena