quarta-feira, 30 de setembro de 2009

do bom humor...

Hoje eu tava morrendo de raiva desse calor dos inferrnooo quando a campainha toca. Minha amiga Bete desceu do busão - o digníssimo circular - e caminhou mais dez minutos até chegar em my house. É, eu moro aonde o vento faz a curva. Má rapais... Betinha entra na sala queimada do sol em plena 1 hora da tarde, cantando e dançando numa alegria sem fim: "Vida de pooobe é difícir é difícir cumo quê, vida de pobe é difícir é difícir cumo quê...". Taí, meu humor que tava a zero pulou para escala mil. Tem que saber viver a vida... Dá-lhe Bete miau véi!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Música para nossos corações...

Cresci ouvindo tudo quanto foi tipo de música, de Elis a Golden Boys, de Caetano a Gonzagão, de Roberto Carlos a Vinícius, de Elvis a Beatles, de Carmina Burana a Orquestra Caravelli, de Sinatra a Albert Greene - este -, cantor de soul. Tantos e tantos outros vieram como uma avalanche de prazeres. Na idade mais tenra fui apresentada a um apetite melodioso onde eu jamais haveria de me divorciar, seria casamento indissolúvel. Na casa do vovô Oliveiros, pairava uma aura vibrante que subia pelas paredes, jorrava pelas janelas, corria o corredor e por todos os cantos. A musicalidade reinava, e eu era uma deveras menina cantarolante. Saltitava, dançava, pulava... Tirávamos som até das bacias da cozinha, lugar de reunião, cantoria, alegria e petiscos. Canções ao luar, palmas, violão e nós - o som subindo aos céus. Era mágico. Parecíamos uma grande família napolitana. De minha meninice para frente foi um caminho sem volta. Conheci Chico Buarque com os vinis das minhas tias; um Chico tão maravilhosamente brilhante em suas composições, mas ao mesmo tempo melancólico no olhar. Apaixonei-me por ele perdidamente! Não tinha outra saída para meus devaneios pueris, senão adentrar suas contas transparentes. Sim, eu me via refletida na retina de Chico - em minha sagaz imaginação, é claro. E eu pensava e pensava e pensava... em praias douradas, em ondas quebrando, em romance, em um amor para além da medida... Férias em União, interior do Piauí, casa da querida vovó Neném, momentos singelos e das maiores felicidades de minha existência. Adorava organizar as centenas de bolachões. Limpava, tirava o pó, mimava-os e ouvia, ouvia e viajava... Ah!, um lugarzinho bucólico e belo. Lá atrás. Tão longe no tempo; na minha memória, tão vivo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Em nossas vidas...

Há sempre uma música, um cheiro, uma palavra, um lugar, uma película que marca algum momento. Quantos filmes assisti desde a infância, quantas viagens fui capaz de fazer pela tela do cinema, pela janela do ônibus, pelo sentimento a arder como fogo lento... Quantos filmes me ensinaram alguma coisa. Quantas melodias - instantaneamente - fizeram surgir lágrimas em meus olhos. Pois é, acordei completamente persuadida pela música e comecei bem o dia. Dediquei-me ao Aznavour e a Rita Lee: estilos diferentes, línguas distintas, histórias diversificadas, mas amo cada um em sua essência, afinal quando se fala da música a reputação é de universalidade. Absorvo a sensibilidade da canção, o significado que ela traduz, a poesia e consigo invadi-la como uma penetra invade um show na hora dos "miseráveis". Esse foi meu show particular, Charles Aznavour cantou só para mim; Rita também. E viva a verdadeira música de qualidade! Grande manhã a minha.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

"A Rosa Dos Ventos Danou-se"...

Por alguma causa de sentido figurado, o norte sempre foi associado a uma orientação que indica o rumo certo. Mas como ligar essa idéia do Norte aplicada às nossas vidas? Acontece tanta transformação em nosso cotidiano em diferentes situações, a transitoriedade altera nossa bússola interior, nossa mente, nosso desejo... Começamos a crer que talvez a melhor maneira ou direção não seja - então - para o norte, mas a leste, ou a sul, ou em qualquer outro lugar.

Nesse caso, os pontos cardeais de nada valem senão dentro de nossas necessidades e expectativas. Portanto, a decisão em adotar e assumir nossa subjetividade, nosso estilo de vida é, na real, abrir-se à mudança e nunca se acomodar. Tudo muda e não há outro jeito, os dias correm! Vai depender de como encaramos a fugacidade da vida. Exige negociar com o imperativo tempo, aliando-o a motivação, esforço, ânimo, empenho, tentativas de superação, e assim por diante... Significa dizer que: devemos estar cientes que objetivos e sonhos serão abençoados, através da nossa vontade munida de trabalho duro!

E mesmo que eu esmoreça quando em vez, sei para onde seguir, posto que, não é motivo para perder o vigor, acredito nisso. Devo me preparar para começar. Se cair hoje, levantarei amanhã. Mas antes de tudo, devo estar atenta em cada amanhecer. Garra, amor e paixão; ou esqueça! Se legitimamente eu não estiver apaixonada por essas três palavras, torno-me desmilinguida, sem forças, sem luz. Serve à todos. Sem paixão, definitivamente esqueçam! Apaga-se a luz.

domingo, 6 de setembro de 2009

COMER REZAR AMAR

Meus livros são todos sublinhados. Ao passo que vou lendo grifo as coisas que me chamam atenção, algo como ir me encontrando dentro da leitura. Por conta de uma crise existencial, comecei - pela segunda vez - a ler COMER REZAR AMAR. Coisas que da primeira vez passaram despercebidas, já estou com o lápis a postos, e ao acompanhar Lis, engordando "feliz" pela Itália (Freud explica), junto ao deleite da gastronomia, a minha memória fotográfica vai me tomando por completo. Fui à Itália três vezes. Este é o país em que mais sou movida pela paixão e sentidos. Gosto de cada centelha, cada detalhe, cada experimento, cada cheiro... enfim. Da Itália, Liz, ruma para Índia, encontrar seu equilíbrio espiritual adormecido. Deseja SER mais, sentir mais, pensar mais, rezar mais, e acima de tudo, aprender a meditar. Na Indonésia, comunga com o transcendental e se torna aluna de um sábio Xamã, exercitando a harmonia. Ainda em Bali, apaixona-se por um brasileiro. Falando mais sobre a protagonista Elizabeth Gilbert, e sua decisão de largar tudo por um ano e se jogar ao prazer de viver e aprender, aí vai a dica: uma mulher com quase trinta anos e uma profissão bem sucedida, casada e sem filhos, sentia opacidade em seu cotidiano. Insatisfeita com o casamento pede o divórcio, entra em depressão, e enfrenta mais um amor que vem a ruir. Deixa tudo, bens materiais, irmã, sobrinho... Pede as contas do emprego e parte para uma viagem de um ano em busca de si mesma. O livro é interessante, honesto, sarcástico e sedutor. Capaz de mostrar que nada está perdido, ainda que não vejamos luz alguma no fim do túnel. Pode parecer autoajuda mas nao é. Ei-lo então! Como Liz, vou tentar ficar vinte e quatro horas sem falar, juro que vou. Um dos momentos que me deu a chacoalhada crucial, das de sacudir os miolos. ¨Selena, silencia-te... e ao deitar, entoa o mantra: Om Namah Shivaya¨, que significa: ¨Eu saúdo a divindade que reside em mim¨. Afinal de contas, há muito mais perguntas na vida do que respostas. Revela-se quem quer e tem coragem para tanto.

Eu

Simplesmente Selena