sábado, 3 de abril de 2010

TÃO LONGE; TÃO PERTO

Ainda guardo uma carta na manga, pelo menos: a vontade reincidente de fazer melhor. Tenho um luto pela vida passada. Lamento o fim da lagarta, mas renasço borboleta. Nos dias confusos, macabros, avessos, refugio-me na cama. Não conhecemos a nós mesmos, nem a ninguém e nem aos nossos filhos. Como posso lamentar meus sonhos, minhas ilusões, meu recomeço incauto? Viver é uma promessa! A mim anuncia uma constante vigília da continuação. E lá vou eu... porque a vontade é mãe de mim. Momentos que temperam minha vida com sal e depois com cores gris. Sinto culpa? Sim, demais. De tanta coisa! É que a razão lida com argumentos irrefutáveis, mas não consigo organizá-los na hora de por à prova. Há - apenas - uma alternativa: correr atrás do meu desejo. Entretanto, parece mais longe que imagino. Não tenho poder suficiente nas mãos, tenho um querer, talvez (ainda) ignorado. Será a deprê? É bem por aí.

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Eu

Simplesmente Selena