segunda-feira, 7 de junho de 2010

AA UU, AA UU, AA UU, AA UU

Fotografia: Catarina Leitão
Caminho De São Tiago, Galícia - Espanha (2010)

Passou março. Passou abril. Passou maio. Chegou junho. E eu aqui a fazer bulhufas. Cabeça que não trabalha fora pensa em casa. Humpf... quem provavelmente anda pelas mesmas ruas que eu, mas não existe mais? E mesmo que encontre não matará a minha sede como a água mineral mata. E volta e meia alguém me fala de coisas que eu adoro ouvir, relembra algo que eu também já fiz, e a saudade fica por aí vagando, e por aqui, boiando em mim... Claro, né. Os dias tecem a gente na corrente da vida. Tudo que acontece vai contando a nossa história. Tenha sido ela boa ou ruim. Mas eu aqui de novo a confabular pensamentos. O meu medo é o Sexto Sentido que se derrama e afunda na terra. Ow meeeeda! Eu não tô pirando, viice. Já nasci pirada, pois no fim das contas, tudo acaba em pizza. E a vida é isso mesmo. Lá vem de novo um pensamento e falo alto: ai, que saudade de ser criança! Paaara de pensar mulher! Cria vergonha, larga a letargia, vai para cozinha preparar um macarrão al Pesto, regado dum bom vinho encorpado, lá da região da Galícia! Tá espera, eu vou. Mas sabe mesmo qual o meu problema, é que nem eu mesma sei. Viver é risível. Às vezes é. Pois bem, pois sim, pois não... é aqui onde vomito meus sentimentos malucos, doidos varridos. Varro da cabeça para cá. Vou reparando meu caminhar diário para não sei quando, onde ou porque, no entanto, estou rodeada de transeuntes que param, avançam ou não sabem aonde ir, ou fogem de si; e eu deles. Pois quem não chora, não mama; sou uma chorona nata. Baixou aqui outro santo. Já se misturou o pensamento de novo. Veja só: eu queria poder entrar naquela cabeça da Beth (minha amiga) e analisar os relés dela. O que será que ela espera da esperança? Porque a Betinha, essa sim, é mulher que tem a felicidade em todas as células do seu jeito bethiano de ser. Como pode a Beth, ela é feliz para caráleo! É fodástico meeêu! Já eu outro dia ouvi pela enésima vez a música do Chico, a tal “Todo Sentimento”, eu sou deveras teimosa, eu carcomo o sofrimento, eu rumino e engulo, mas depois eu griteeei: ah, Chico!, vai tomar banho na soda seu puto. Então gente, adivinha o que vou fazer agora?, ler a bula do Olcadil. E o pulso ainda pulsa...

“eu como, eu durmo, eu durmo, eu como eu como, eu durmo, eu durmo, eu como...” TITÃS

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