quarta-feira, 14 de julho de 2010

QUE A CRIANÇA VIVA EM MIM

Fotografia: Catarina Leitão, Espanha - 2010
Ah, ser criança foi poder deitar no colo de meu avô e adormecer ouvindo a “estorinha das três casinhas azuis”, foi valorizar o diferente, foi encontrar-me com o sublime. Muito mais que isso, foi um estado metafísico. A simplicidade do comportamento infantil, superlativo, sem amarras, sem frescura. Criança é a idade sem malícias, livre das máscaras que nós adultos usamos. Para a criança o trivial é colorido, amar é fato, a poesia reside e pré-conceito não existe. É onde nos fortalece e mais aproxima do Criador. Não há sentimento tão revigorante que as lembranças da infância. As peraltices dessa fase. A idade que tudo pode. As brincadeiras de esconde-esconde, amarelinha, pula-elástico, trinta e um... Ser criança não tem pressa nem vergonha de demonstrar afeto. É a sensibilidade à flor da pele sem esperar que jamais se transforme esse espírito de liberdade a usufruir da inexistência da culpa. Porque ser criança é amar, amar, amar...

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